Fogo Cruzado
Plano de mobilidade deve ser votado em sessões extraordinárias
Aprovado pelas comissões técnicas da Câmara de Bagé, o projeto de lei que cria o Sistema Municipal de Mobilidade Urbana e institui o Plano Diretor de Transporte e Mobilidade Urbana do Município deve ser votado, em caráter conclusivo, até o final do ano. O presidente da Casa, vereador Edimar Fagundes, do PRB, adianta que uma agenda de sessões extraordinárias será convocada nos próximos dias. A data das votações não foi definida. Elas podem ocorrer antes ou depois do recesso parlamentar, que inicia no dia 22.
O prazo para aprovação do plano encerra em abril de 2018. A data precisa ser respeitada para que o município possa pleitear recursos federais destinados a projetos de infraestrutura urbana. O planejamento avaliado pela Câmara prevê a complementação do Anel Rodoviário no setor Leste e Norte, a criação de novas perimetrais no setor Leste (para orientar o processo de expansão urbana nos futuros loteamentos), a criação de um corredor de cargas e a criação de um novo acesso ao centro da cidade pela BR-153.
O plano determina, ainda, a adoção de medidas para restringir a circulação de carga em espaços centrais (principalmente no centro histórico), delimitando a tonelagem máxima admitida, estabelecendo horários, criando rotas especiais para as cargas fora do perímetro urbano consolidado e uma área para a instalação de um Porto Seco. Projetando uma frota que pode chegar a 86.572 veículos em 2021, a proposta elenca alternativas de engenharia de tráfego para aumentar a capacidade viária.
Demandas
O estudo realizado para elaboração do plano demonstra que os movimentos majoritários no âmbito da área central ocorrem no sentido norte-sul (envolvendo as ruas General Osório e João Telles). Ocorre que ambas as vias já se encontram em estágio de saturação. A análise revela, ainda, que a avenida Sete de Setembro apresenta 75% de sua capacidade esgotada e que o transporte coletivo atinge um máximo de 33 veículos/hora na rua Juvêncio Lemos, 24 veículos/hora na rua João Teles e 20 veículos/hora na General Osório.
Como alternativas, o plano estabelece a criação de eixos preferenciais de circulação, a definição de binários de tráfego, a revisão de estacionamentos (principalmente os oblíquos), e restrição de conversões à esquerda e retornos e a melhoria nas condições dos pavimentos. O desenvolvimento de ciclovias no centro da cidade também é destacado. As estruturas podem ser estabelecidas junto aos canteiros centrais das principais avenidas.