Cidade
Alto consumo ocasiona falta de água em Bagé
No último dia de 2017, os bajeenses sofreram com a falta de água em vários pontos da cidade. A situação deixou a população apreensiva e com receio de racionamento. Porém, segundo o Departamento de Água, Arroios e Esgoto de Bagé (Daeb), a medida ainda não é cogitada para o período de verão. A situação verificada no final de semana se deve ao consumo.
Conforme o diretor da autarquia, Volmir Silveira, o volume tratado na Estação de Tratamento de Água (ETA) é sempre de 430 litros por segundo. Este montante só diminui nas madrugadas. Quando há pico de consumo, o reservatório começa a baixar. “Isso ocorreu no dia 31 (de dezembro), em que baixou às 16h e só foi se recuperar na madrugada, causando a falta de água”, explica.
Silveira ressalta que os níveis das barragens ainda estão satisfatórios, mas há um problema de reserva da água tratada. Com a baixa precipitação prevista para o verão e o aumento do consumo, é necessário que a população faça o uso consciente da água.
Nos picos mais expressivos, a vazão passa de 32 metros cúbicos para 36 metros cúbicos, havendo uma diminuição da barragem da Sanga Rasa, que é o principal reservatório do município. O nível de alerta para iniciar um racionamento é de quatro a seis metros.
Segundo Silveira, a barragem, que tem 12 metros úteis de utilização, está com 2,8 metros abaixo do nível. O reservatório do Piraí está com 0,50 centímetros e a barragem Emergencial está 0,35 centímetros abaixo do nível. Em dezembro, a chuva chegou a 84,5 milímetros e no último final de semana choveu 13 milímetros. “São níveis muito baixos para o consumo”, enfatiza.
Novo reservatório
De acordo com diretor, o único reservatório do município, pós-tratamento, tem a capacidade de quatro mil metros cúbicos. Ele conta que a autarquia já iniciou o processo licitatório para a aquisição de um novo reservatório, que irá dobrar a capacidade de armazenamento. “Já realizamos a topografia e sondagem do terreno que irá abrigar o novo tanque. O valor do reservatório gira em torno de R$ 5 milhões para implantação”, informa.