Editorial
Pela adoção de novas posturas
Em maio, os prefeitos repetem uma tradição de duas décadas, marchando até Brasília, em busca de recursos para projetos e até para garantir o funcionamento de serviços básicos. Este ano, por ser eleitoral, é estratégico para o movimento municipalista. É tempo de discutir uma pauta prioritária, com alternativas para as prefeituras, conforme define a própria Confederação Nacional dos Municípios (CNM). É tempo, também, de adotar novas posturas diante dos desafios.
Quem vive com pires na mão, a exemplo dos prefeitos brasileiros, administrando situações pautadas pela escassez de recursos, terá a oportunidade de conhecer as propostas dos ‘presidenciáveis’, através de um evento promovido pela CNM. Com obras paradas e dificuldades para cumprir prazos estabelecidos por leis, a exemplo da criação dos planos de saneamento e mobilidade, as cidades têm demandas urgentes, em sua maioria ligadas às receitas. A agenda municipalista oferece uma prévia importante.
Os prefeitos enfrentam dificuldades para manter as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) 24 Horas, bem como para viabilizar a oferta de educação infantil à totalidade da população em idade escolar, conforme estabelecido pelo Plano Nacional de Educação. Mais do que novos prazos ou metas, os gestores precisam de apoio efetivo para cumpri-los, sob pena de vivermos em um eterno ‘vai e vem’ de ‘marcos regulatórios’, sem quaisquer efeitos práticos. Que a marcha à Brasília sirva, portanto, para definir compromissos.