Cidade
Direção do Clube Caixeiral divulga nota sobre venda da sede social
A direção do Clube Caixeiral se manifestou, oficialmente, sobre a venda da sede social, que foi arrematada em leilão judicial, em dezembro. Em nota, a diretoria esclarece que a compra está em fase de recurso, articulado pelo diretor jurídico, João Saliba. A publicação também enfatiza que o clube passa por dificuldades financeiras há mais de duas décadas e que nunca houve qualquer incentivo fiscal ou aportes financeiros oriundos de governo, seja municipal, estadual ou federal.
No comunicado, a direção lembra que o tombamento do prédio, pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado do Rio Grande do Sul (Iphae), dificulta e encarece sua manutenção. “A atual diretoria vem, há quase oito anos, cumprindo com a folha de pagamento rigorosamente, parcelando dívidas e pagando reclamatórias, desenvolvendo um trabalho na tentativa de poder arcar com compromissos fiscais e trabalhistas, além de trabalhar para que a temporada de verão possa ocorrer cada dia melhor”, informa a nota.
Ainda conforme a posição oficial da direção, nunca foi objetivo vender qualquer patrimônio. A diretoria destaca, porém, que jamais deixou de esclarecer aos associados, diretores e conselho deliberativo que o compromisso era investir na sede campestre, para respaldar o sócio na temporada de verão. “Por este motivo, passamos a investir em troca de filtros das piscinas, manutenções e reformas, além de estarmos com a piscina térmica concluída”, esclarece.
A direção também salienta que irá lutar para manter a sede social. “Mas se por motivos que fogem às condições, isto venha a se concretizar, a sede campestre será modernizada e reestruturada para que no local sejam realizados, bailes, festas e eventos. Lamentamos existir em nossa cidade pessoas oportunistas, que por não serem bajeenses se dizem empreendedores e vêm levando nossa história social de clubes ao fim”, salienta o texto.
Através da nota, a direção pediu desculpas a todos os associados pelo transtorno e solicitou que os sócios apoiem o recurso movido pelo clube, mantendo sua mensalidade em dia e participando da temporada. O desfile do Bloco do Galo do Meio Dia foi confirmado para o dia 10 de fevereiro. O clube também mantém a realização de um baile de Carnaval na sede social do clube, além de bailes na sede campestre, nos dias 11, 12 e 13 de fevereiro, das 20h às 24h.
A sede social foi arrematada após oito leilões desertos ou embargados por decisão judicial. O imóvel, avaliado em R$ 4,2 milhões, foi comprado por um grupo de investidores da cidade, por 50% do preço de avaliação, sendo 25% de entrada e o restante parcelado em 30 vezes.
De acordo com Saliba, o pedido de impugnação é baseado no fato de que a sede social está situada na avenida Sete de Setembro, uma área tombada pelo Iphae. Os compradores não devem tomar posse até o julgamento do recurso.