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página 2 - A prevenção para evitar a leishmaniose
Casos de leishmaniose têm sido registrados no Brasil. Em Presidente Prudente, São Paulo, um bebê de 10 meses morreu em decorrência da doença. Em Porto Alegre, a prefeitura instalou placas, em dezembro, alertando sobre o risco da contaminação e o Tribunal de Justiça chegou a autorizar a eutanásia de cachorros infectados.
A doença é causada pelo protozoário do gênero leishmania spp, transmitido pelo mosquito-palha e tem, nos cachorros, seu reservatório mais importante. Isto quer dizer que o protozoário instala-se nos caninos para desenvolver seu ciclo. Em Bagé, ainda não há casos de animais infectados pela doença. Entretanto, é necessário prevenir a contaminação para evitar a leishmaniose, especialmente durante viagens com os pets.
A veterinária Ana Nunes Vieira Lacerda destaca que é importante evitar o mosquito transmissor de todas as formas possíveis. A leishmaniose também pode ser adquirida por seres humanos, causando febre, perda de peso e anemia, entre outros problemas de saúde.
Uma vez que um cachorro esteja infectado, ele poderá ser picado por um dos mosquitos transmissores, e assim que outro animal entrar em contato com o protozoário, vai também adquirir a doença. “O mosquito leva de um para outro, do doente para o cachorro que não tem nada”, explica a profissional.
A doença não tem cura, mas Ana esclarece que a carga protozoária pode ser controlada, evitando a transmissão para outros cães. O animal, nessa situação, continua com a doença e não poderá interromper o tratamento. A veterinária informa que há vacinas para prevenir a leishmaniose, mas que não têm eficácia comprovada.
Um dos principais sintomas que o tutor poderá perceber em seu pet são lesões persistentes na pele. “Em qualquer parte do corpo, especialmente onde eles se apoiam, como os cotovelos, por exemplo”, esclarece. O pet pode ter, também, sangramento nasal, conjuntivite, anemia, perda de peso e intolerância a exercícios. Mas cada animal poderá manifestar a doença de uma forma diferente, com todos os sintomas ou apenas um deles. A leishmaniose pode levar ao óbito do pet. A leishmaniose é bem mais rara em gatos, mas os felinos também podem ser infectados. Neste caso, os sintomas se manifestam da mesma maneira.
O diagnóstico definitivo pode ser feito por sorologia ou snap teste, por meio de uma coleta de sangue. O resultado pode ser obtido em alguns minutos. Assim, é possível descobrir se o animal está com a doença durante a própria consulta.
Para os humanos, é possível tentar fazer a prevenção utilizando repelente, calças e blusas com mangas compridas. Para os pets, é importante manter os animais com uma coleira antipulgas. Ana alerta que já existem focos da doença no Brasil e, por isso, os tutores precisam ficar atentos.