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Cesto básico reduz 4,5% no quarto trimestre de 2017
Os acadêmicos do quarto semestre do Curso de Administração do Centro de Ciências Sociais Aplicadas (CCSA) da Universidade da Região da Campanha (Urcamp) finalizaram a análise do custo da cesta básica, em Bagé, referente ao quarto trimestre de 2017. O estudo mostra que, em relação ao terceiro trimestre do ano passado, houve uma redução de 4,5% nos custos da cesta de produtos básicos, dando continuidade a redução que já havia ocorrido no período anterior.
Houve oscilações alternadas entre os produtos, mantendo o ritmo de queda na maior parte dos itens. A carne bovina, que já havia registrado uma queda na pesquisa anterior, teve nova diminuição de cerca de 15%. O valor da carne de ave, que também havia tido uma redução na casa de 29%, no terceiro trimestre de 2017, agora manteve seu custo reduzido ao consumidor.
O arroz, que já havia tido uma redução de 8%, teve uma diminuição considerável, alcançando 19%. O feijão, que no terceiro trimestre de 2017 obteve uma redução de 9%, agora teve uma redução para 6%. A batata inglesa que havia sido o item com maior redução no Grupo Alimentação da Cesta Básica, ficando na casa dos 42%, nesse quarto trimestre segue em redução, atingindo diminuição na casa dos 28%.
Também foi registrada uma grande queda no preço do tomate, que atingiu a redução de aproximadamente 51%, tornando-se o campeão em baixa nos valores.
Higiene e limpeza
O estudo pesquisou os valores dos produtos de higiene. A maioria se manteve com preço inalterado. No quarto trimestre, o destaque de aumento neste grupo foi o acréscimo de 67% no preço do aparelho de barbear.
Já com relação aos produtos de limpeza, a maioria teve elevações moderadas nos índices de preços. Apenas o produto esponja de aço obteve uma razoável redução, chegando a queda de 15%.
Conforme o levantamento, a economia brasileira começa a dar pequenas mostras de melhora com boas perspectivas para o próximo ano, onde deve haver um crescimento. No quarto trimestre, os produtos básicos comprometem aproximadamente 69,27% do valor do salário mínimo, considerado um percentual muito elevado para o trabalhador bajeense.
O levantamento enfatiza que o dólar, nesse período, não apresentou maiores oscilações, mantendo-se em patamares estáveis, o que pode sinalizar um novo rumo à economia brasileira.
Outro aspecto destacado é que recentemente o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) apresentou dados e informações comparativas da evolução da Cesta Básica no Brasil e concluiu que o período final de 2017, apresenta a maior redução no custo dos produtos de alimentos nos últimos 40 anos.
A pesquisa foi coordenada pela professora Rita Luciana Saraiva Jorge e o professor Ricardo Leal Cougo.