Editorial
Com espaço para a indústria
As exportações gaúchas totalizaram 17,7 bilhões de dólares, em 2017. De acordo com a Fundação de Economia e Estatística, o volume representa um aumento de 7,3% em relação a 2016, colocando o Rio Grande do Sul na quinta colocação entre os estados que mais exportaram no ano passado. O levantamento demonstra que houve acréscimo no valor dos produtos básicos e manufaturados. Bagé é uma exceção neste cenário, registrando variação negativa, com uma pauta pouco dinâmica. A expansão do polo industrial, articulada pelo poder público, pode reverter o cenário. Mas esta é uma alternativa de longo prazo, e sem garantias, principalmente em um setor pautado pela agilidade.
Em 2017, a Rainha da Fronteira registrou queda de 19,17% no volume de exportações, somando 60,8 milhões, cerca de 14 milhões de dólares a menos, no comparativo com 2016. A exportação de carne, que registrou variação negativa de 22%, em relação a 2016, liderou a pauta bajeense no ano passado, movimentando mais de 28 milhões de dólares. Na região, Hulha Negra é o destaque positivo. Os números do município, que representam variação de 1,16%, no comparativo com o ano anterior, foram destacados pelo Jornal MINUANO, na edição do dia 8. É importante observar que eles simbolizam certa tendência de conferir à indústria, o papel de fiel da balança.
A pauta de exportação elencada pela Fundação de Economia e Estatística aponta neste sentido. Embora revele, por exemplo, que a soja em grão foi o principal produto comercializado pelo Rio Grande do Sul, respondendo por 26,05% do total, seguindo pelo fumo em folhas, com 8,74%, e pela carne de frango, com 6,14%, o estudo coloca, em destaque, a participação dos polímeros, com 5,82%, e da venda de automóveis de passageiros, que totalizaram 3,80%. O incremento das exportações de automóveis, aliás, foi um dos destaques, tendo em vista que o valor exportado praticamente dobrou. Não resta dúvida de que ainda existe muito espaço para o desenvolvimento da indústria.