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Coreto passa por revitalização da parte externa

Publicada em 05/02/2018
Coreto passa por revitalização da parte externa | Cidade | Jornal Minuano | O jornal que Bagé gosta de ler
Estrutura foi inaugurada em 1927

O Coreto da praça Silveira Martins, patrimônio arquitetônicos do município, será reformado. O prédio que foi inaugurado no dia 15 de novembro de 1927, é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado (Iphe), que autorizou o projeto de revitalização.

A estrutura que abriga, atualmente, o projeto do Artesanato do Pampa Gaúcho, é administrado pela Secretaria Municipal do Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação, que implementa melhorias desde o ano passado. De acordo com secretário Bayard Paschoa Pereira, já foi recuperada e pintada a parte interna. Também foram reformadas as redes hidráulica e elétrica. “Agora, estamos restaurando a área externa, pintando com as cores originais, definidas pelo Iphae. O trabalho envolve a recuperação das aberturas, luminárias, floreiras e pavimento do entorno do prédio”, conta.
Segundo o secretário, a recuperação externa deve custar cerca de R$ 10 mil e está sendo executada pela empresa Wilson Antônio Costa Medeiros. “Estamos no início do processo externo de recuperação, que deve durar cerca de 45 dias”, salienta, ao explicar que a reforma beneficia o projeto Artesanato do Pampa Gaúcho e integra o Programa Arranjos Produtivos locais, criado para englobar vários setores econômicos, como o núcleo moveleiro, cervejeiros, vitivinicultura, olivicultura e metal mecânico.


História do Coreto
De acordo com a pesquisadora Elisabeth Macedo de Fagundes, em seu livro Inventário Cultual de Bagé, a história do Coreto iniciou bem antes de sua construção, quase na virada do século. Com a chegada da luz elétrica, inaugurada em 4 de junho de 1899, clarearam-se os espaços e a segurança melhorou. A população, que só conhecia o sarau das salas de visita e de espetáculos, descobriu o tempo noturno pelas alamedas da praça. O intendente José Octávio Gonçalves contratou, então, a firma Prati & Rossel para construir, na Praça Voluntários da Pátria (hoje Silveira Martins), uma espécie de "Quiosque".
A pesquisa de Elisabeth revela que João Prati Filho e Martin Rossel ergueram então, um "chalet" coberto de zinco, inaugurado em 9 de setembro de 1899. O contrato dizia que a firma poderia explorar o negócio durante 12 anos, findos os quais passaria para a intendência. O quiosque funcionou durante 28 anos.
Durante algum período, foi denominado "Chalet América", explorado por Antônio Fernando de Oliveira. Na administração municipal de Carlos Mangabeira, ficou decidido reformular a praça. Foi quando iniciou a construção do Coreto. O projeto foi do engenheiro civil Lincoln Proença Borralho, secretário de Obras Públicas da Administração Municipal. Por ocasião das comemorações da data de emancipação política do Brasil, o Coreto foi festivamente inaugurado. Em 2007, por força de lei, a estrutura recebeu o nome de Coreto Engenheiro Lincoln Proença Borralho.


Palco de comícios
O local, além de abrigar as bandas musicais e peças teatrais, foi palco de grandes comícios da cidade. Importantes figuras da política bajeense e expressivos nomes da política nacional ocuparam a tribuna para fazer eloquentes discursos de campanha de suas candidaturas. Entre eles Juarez Távora, Ademar de Barros, Jânio Quadros e Juceslino Kubitschek.
Segundo pesquisas do jornalista Mário Lopes, fatos curiosos tiveram como palco o Coreto. Ele afirma que o escritor gaúcho Ivan Pedro Martins, autor de Fronteira Agreste, narrou curioso fato ocorrido no Coreto de Bagé. Revela que o escritor Pedro Wayne, durante um comício no qual proferia um violento pronunciamento contra o Integralismo, foi ameaçado de morte. Ao ver uma pessoa apontando uma arma contra o orador, Luiz Mércio Teixeira, corajosamente colocou-se em frente deste, de peito aberto, em gesto de grande bravura.
A parte inferior do Coreto abrigou, durante muitos anos, o Bar & Café, cujos frequentadores, sentados a mesas colocadas ao redor, depois do sol posto, bebiam cerveja, gasosa, discutiam política, entoavam velhas canções, dedilhavam modinhas e faziam poesia, enquanto a noite avançava. Um dos proprietários foi Heraldo Duarte. Funcionou também ali uma mercearia, abrigo de motorista de "carros da praça", sanitários e uma estrutura de informações turísticas.

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