Fogo Cruzado
Divaldo sanciona legislação que cria Plano Diretor de Transporte e Mobilidade
Com a sanção da lei que cria o Sistema Municipal de Mobilidade Urbana e institui o Plano Diretor de Transporte e Mobilidade Urbana do Município, formalizada pelo prefeito de Bagé, Divaldo Lara, do PTB, a Secretaria Municipal de Segurança e Mobilidade Urbana prepara a implantação das primeiras medidas. O secretário interino, Luís Diego Soares, afirma que o cronograma deve ser definido com o Executivo. “É importante destacar que não faremos nenhuma mudança drástica, inicialmente”, garante.
O planejamento prevê ações de curto, médio e longo prazos, incluindo a complementação do Anel Rodoviário no setor Leste e Norte, a criação de novas perimetrais no setor Leste (para orientar o processo de expansão urbana nos futuros loteamentos), a criação de um corredor de cargas e a criação de um novo acesso ao centro da cidade pela BR-153.
O Plano Diretor de Transporte e Mobilidade Urbana do Município determina, ainda, a adoção de medidas para restringir a circulação de carga em espaços centrais (principalmente no centro histórico), delimitando a tonelagem máxima admitida, estabelecendo horários, criando rotas especiais para as cargas fora do perímetro urbano consolidado e uma área para a instalação de um Porto Seco. Projetando uma frota que pode chegar a 86.572 veículos em 2021, a proposta elenca alternativas de engenharia de tráfego para aumentar a capacidade viária.
Soares destaca que a implementação deve iniciar pela sinalização de vias que terão fluxo modificado. “Todas as mudanças serão divulgadas com antecedência. A intenção, neste primeiro momento, é conscientizar a população sobre as alterações no trânsito”, pontua.
Nova organização
O estudo realizado para elaboração do plano demonstra que os movimentos majoritários no âmbito da área central ocorrem no sentido norte-sul (envolvendo a avenida General Osório e a rua João Telles, vias que já se encontram em estágio de saturação). A análise revela que a avenida Sete de Setembro apresenta 75% de sua capacidade esgotada e que o transporte coletivo atinge um máximo de 33 veículos/hora na rua Juvêncio Lemos, 24 veículos/hora na rua João Teles e 20 veículos/hora na General Osório.
Em resposta às demandas, o plano estabelece a criação de eixos preferenciais de circulação, a definição de binários de tráfego, a revisão de estacionamentos (principalmente os oblíquos) e a restrição de conversões à esquerda e retornos e a melhoria nas condições dos pavimentos, o que deve ser definido gradativamente, por novas sinalizações. O desenvolvimento de ciclovias no centro da cidade também é projetado. As estruturas podem ser estabelecidas junto aos canteiros centrais das principais avenidas.