Cidade
Aeroporto de Bagé é inspecionado pela empresa Two/Flex
Durante a manhã de ontem, técnicos da empresa Two Flex/Gol e da Infraero estiveram no Aeroporto Internacional Comandante Gustavo Kraemer, em Bagé. A intenção da visita foi avaliar as condições de infraestrutura do complexo, que se prepara para receber voos comerciais em breve.
A equipe foi recebida pelo superintendente do aeroporto, Anilson Gonçalves, e pelo secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação, Bayard Paschoa Pereira. O gerente de segurança operacional da Two Flex, Rodrigo Edson da Silva, conta que entre as questões verificadas na visita de ontem estão os slots (alocações horárias que são cedidas a empresas para que operem e utilizem os recursos nos horários determinados) e a estrutura da pista, além da existência de sinalização e balizamento corretos.
A pista foi verificada em uma caminhada de ponta a ponta, onde Silva constatou que a pista está em boas condições e não há necessidade de manutenção. "Já esperávamos algo assim porque a empresa preza por um padrão de qualidade nos aeroportos em que se instala", destaca.
A questão da verificação dos slots abre a negociação de valor e horários dos voos de Bagé para Porto Alegre. Ainda que não tenha sido precisada uma data e valor das passagens, a negociação chega a um novo patamar.
Conforme Gonçalves, o momento agora é de operacionalização da venda das passagens aéreas, cujo trâmite deve levar mais algum tempo. Já Bayard afirma que a intenção é abrir as vendas a partir de abril.
Alternativa logística para a saúde
Uma questão que chamou a atenção foi o anúncio do secretário Bayard sobre a possibilidade de utilizar ao menos metade dos assentos disponíveis para transporte de pessoas em tratamento de saúde.
Atualmente, os pacientes são encaminhados em vans, ônibus e âmbulâncias para outros municípios através do serviço de Tratamento Fora de Domicílio (TFD). Segundo o secretário, garantir para pacientes não infecciosos o transporte mais rápido e confortável acaba se tornando também menos oneroso para os cofres públicos, já que aliviaria o pagamento de diárias e horas-extras para os motoristas, além do combustível e manutenção para os veículos. Contudo, enquanto a implantação de linhas aéreas não acontece, efetivamente, o TFD via aéreo é apenas uma alternativa pensada pela gestão municipal.