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Agas projeta crescimento de 8% nas vendas de Páscoa
Enquanto os supermercados gaúchos apostam em um crescimento de 8% nas vendas de Páscoa em relação ao ano passado, o comércio bajeense não está tão otimista. Até mesmo o segmento de alimentação, que geralmente sofre o menor impacto em tempos de crise, sentiu os reflexos da retração.
De acordo com pesquisa realizada pela Associação Gaúcha de Supermercados (Agas), há uma projeção de alta de 8% nas vendas de produtos típicos nesta Páscoa, em comparativo com 2017. A própria pesquisa apontou, também, readequações dos supermercados, com parreiras de ovos menores, com chocolates menores e versões mais baratas.
Os supermercados são tradicionalmente líderes na comercialização de chocolates no período de Páscoa e a expectativa de 8% de crescimento se dá, também, pela base ruim da data em 2017 - quando a comercialização de ovos caiu 12%. Ao todo, os supermercados do Estado deverão comercializar 6,8 milhões de ovos de chocolate até o dia 1º de abril, domingo de comemorações da festividade. Com relação aos preços, a pesquisa aponta que o valor médio dos produtos típicos de Páscoa está 5,9% superior ao ano passado.
O presidente do Sindicato dos Lojistas de Bagé (Sindilojas), Nerildo Garcia Lacerda, explica que, para o comércio em geral, os meses de janeiro e fevereiro foram "decepcionantes", com vendas abaixo do esperado. Como o início de ano é época dedicada, em grande parte, às férias e muitos consumidores não estão na cidade, a aposta é que um crescimento ocorra em março, época de volta às aulas.
A movimentação da Páscoa ainda não atingiu o pico. Mas Lacerda acredita que os mercadistas podem sentir os reflexos nas vendas. Até mesmo os empresários do segmento estão receosos, já que a previsão é de um número menor de oferta de chocolates. "Geralmente, nesta época, os mercados já estão com a campanha de Páscoa. Todos estão com pé atrás, com medo da retração, mas ainda é cedo para prever um panorama das vendas para a data", pondera.