Segurança
Réus são condenados a 12 anos por tentativa de homicídio contra policiais militares
Na manhã e na tarde de ontem, aconteceu o primeiro júri popular do ano. Os réus Eliel Verner Alves, 32 anos, e Manoel Lorenço Duarte, 54, foram julgados pela tentativa de homicídio qualificado de dois policiais militares. O fato ocorreu em 30 de janeiro de 2011, no Corredor dos Quintanas, em Candiota. Ambos acusados acabaram sendo condenados por tentativa de homicídio, receptação e corrupção de menores. A pena total imposta foi de 12 anos e nove meses em regime inicial fechado, além de multa.
No dia do fato, conforme o processo, os acusados desferiram “inúmeros” tiros contra a viatura onde estavam as vítimas – Mauro Barbosa Camargo e Heitor Getúlio Ferreira Pasini. No momento, os réus também trafegavam em um automóvel furtado e estariam na presença de um menor de idade.
O primeiro a prestar depoimento foi Camargo. O policial militar relatou que ele e seu colega foram até o local do crime, após receberem denúncia de que um veículo furtado estaria lá. Os policiais encontraram o automóvel e, assim que os acusados perceberam a aproximação da Brigada Militar, pararam o carro e começaram a atirar em direção à viatura.
A vítima lembrou que, depois disso, o carro em que estavam os réus passou pela viatura e atirou novamente, antes de continuar a fuga. Ele garantiu ter reconhecido Alves, mesmo homem que, dias antes, havia flagrado com algumas pedras de crack. O carro dos acusados foi encontrado alguns minutos depois, após capotar. Dentro do veículo foi encontrada uma pistola. O policial também relatou que os primeiros disparos foram efetuados por Alves, que estava na carona. Após passar pela viatura para fugir, o motorista disparou novamente contra os agentes. Três dos disparos acertaram a viatura.
Pasini contou a história de forma semelhante ao relato de seu colega. A vítima, porém, garantiu ter reconhecido o outro réu - Duarte - durante o tiroteio. Os dois também afirmaram que havia uma terceira pessoa no carro, mas não conseguiram identificar quem era.
Os réus negaram envolvimento no crime. Duarte afirmou não ter participado da ação e disse que não lembrava onde estava no momento dos fatos. Ele comentou que tem outras acusações, mas nunca havia reagido a uma abordagem policial. Alves disse, em juízo, que estava em Tupanciretã, no dia da tentativa de homicídio, trabalhando.