Segurança
Réu é condenado pelo assassinato de padrasto
Lucas da Silva Lima, 22 anos, acusado pelo homicídio do seu padrasto, José Erleide de Oliveira Lucas, registrado no dia 31 de dezembro de 2014, no bairro Habitar Brasil, foi a júri popular ontem, no Fórum de Bagé. O réu foi condenado a 13 anos de prisão, em regime inicial fechado.
Segundo apurado anteriormente ao julgamento, pouco antes das comemorações de final de ano, Lima teria esfaqueado o padrasto, em frente à casa da vítima. A primeira testemunha foi o primo do acusado, Marcos Lima Gantes. Ele contou que estava caminhando na direção contrária do local onde ocorreu o crime, até que ouviu alguns gritos e retornou. A testemunha relatou ter visto Lima dando as facadas contra a vítima, mesmo quando ele estava caído. Uma vizinha da vítima, que também viu os acontecimentos, lembrou que estava preparando um churrasco na hora do fato. Ela comentou que não houve discussão entre os dois, que apenas teria visto o momento em que Lima desferiu as facadas contra Lucas.
A mãe do réu, Ana Cláudia da Silva Lima, contou que o filho havia pedido dinheiro algumas horas antes do crime. À noite, quando ele retornou à residência, a mulher teria falado que não teria mais nenhum valor para oferecer. Foi quando a vítima se aproximou e acabou sendo golpeado. Ela lembrou que o filho não morava mais com o casal, desde o início da adolescência, e confirmou que o marido já havia batido no réu, quando ele era criança.
A tia do acusado, Rose Meri da Silva Lima, disse ter visto quando Lucas recebeu a última facada do sobrinho. Ela lembrou que ainda tentou ajudar a vítima e Lucas acabou caindo sobre seu colo. Ela confirmou que o réu havia pedido dinheiro mais cedo para a mãe, mencionando que seria para comprar drogas, mas lembrou que a vítima batia e ameaçava seu sobrinho. Além dela, outras testemunhas confirmaram que os dois tinham desentendimentos.
O réu afirmou que apenas se defendeu do padrasto. Diferente da versão de algumas testemunhas, Lima contou que quem chegou com uma faca até o local foi a vítima. Ele negou que estivesse pedindo dinheiro. O acusado relatou que jogou uma pedra contra a vítima e conseguiu tirar a faca do padrasto. Os dois ainda teriam caído e tido uma luta corporal.
Lima também lembrou que saiu de casa, anteriormente, porque não conseguia ter um bom relacionamento com a vítima. Afirmou que o primeiro desentendimento entre os dois aconteceu porque Lucas batia em sua mãe. O réu afirmou que o padrasto fez ameaçaças com uma espingarda, quando ele ainda era criança, e dito que iria matar sua mãe e suas duas irmãs.