MENU

Identifique-se!

Se já é assinante informe seus dados de acesso abaixo para usufruir de seu plano de assinatura. Utilize o link "Lembrar Senha" caso tenha esquecido sua senha de acesso. Lembrar sua senha
Área do Assinante | Jornal Minuano | O jornal que Bagé gosta de ler

Ainda não assina o
Minuano On-line?

Diversos planos que se encaixam nas suas necessidades e possibilidades.
Clique abaixo, conheça nossos planos e aproveite as vantagens de ler o Minuano em qualquer lugar que você esteja, na cidade, no campo, na praia ou no exterior.
CONHEÇA OS PLANOS

ELLAS

O carinho de Mário Lopes com as mulheres bajeenses *****

Publicada em 09/03/2018
O carinho de Mário Lopes com as mulheres bajeenses ***** | ELLAS | Jornal Minuano | O jornal que Bagé gosta de ler

O Caderno Ellas tem mais de 21 anos de história. Nesse período todo, buscamos elaborar edições especiais no mês de março, sempre enaltecendo aquelas que são o nosso foco principal, nossa maior inspiração, as mulheres.

Agora, mais uma vez, estamos trabalhando para apresentar aos nossos leitores uma edição interessante, que ressalte essa data especial. Foi assim que a reportagem encontrou uma relíquia cedida pelo saudoso Mário Lopes, que ainda não foi publicada. Em março de 2015, um ano e meio antes do seu falecimento, ele recebeu carinhosamente a reportagem do Caderno Ellas para mostrar suas pesquisas sobre as mulheres bajeenses. Na época, com auxílio do decano do jornalismo local, fizemos uma edição especial que relatou quem foram as mulheres que estiveram envolvidas na política, na história de Bagé e seus feitos. Na mesma edição, publicamos a foto de Lopes rodeado de suas irmãs: Mariza, Marianinha, Marília, Zaira, Zélia e Marina, algo que lhe deixou muito feliz.

Revisando aquele material, fornecido há quase três anos, encontramos outras de suas anotações, com dados interessantes, selecionados por ele, naquela ocasião, sobre mulheres que foram personalidades da nossa cidade. 

Vale lembrar que todo o acervo de pesquisa de Mário Lopes, agora faz parte do arquivo do Museu Dom Diogo de Souza.

Certamente suas pesquisas resultariam em mais um livro que ficaria para posteridade. Como isso não aconteceu, compartilhamos com nossos leitores suas observações.

 

box

Elas merecem...

Dizem que atrás de um grande homem, existe sempre uma grande mulher. Mas, pelo menos antigamente, elas ficavam tão atrás, escondidas, que ninguém notava sua presença. O historiador Jorge Reis, em seus apontamentos históricos, traz relatos dos principais acontecimentos ocorridos em Bagé, desde sua fundação, no ano de 1900, e não cita nome de mulheres, exceto de uma ou outra professora nomeada.

Era uma época em que elas se dedicavam quase que exclusivamente às atividades domésticas. Poucas eram as citações de nomes femininos também no decorrer do século XX, embora elas já começassem a se destacar na prestação de serviços comunitários, notadamente através de gestos de generosidade e desprendimento. É expressivo, no entanto, o número de damas bajeenses merecedoras do nosso reconhecimento por trabalhos desenvolvidos, cujos benefícios ainda hoje são usufruídos pela comunidade. É justo que se tribute a elas nossas homenagens, citando os nomes de algumas.

 

Dona Carolina

Entre inúmeras damas bajeenses que merecem o reconhecimento da comunidade, por relevantes serviços prestados, aparece com real destaque, Dona Carolina Neto Gonçalves, esposa de José Otávio Gonçalves, que foi, por várias vezes, intendente de Bagé. Muito religiosa e humanitária, Dona Carolina teve papel saliente na fundação do Orfanato São Benedito e também do Colégio Espírito Santo. Ela formou, com as senhoras Joaquina Netto e Tereza Pimentel Magalhães, a comissão escolhida pelo cônego João Inácio Bittencourt para tratar da vinda das irmãs franciscanas para fundar o Colégio Espírito Santo, iniciativa que alcançou total sucesso.

Em um gesto de altruísmo, a virtuosa dama muito contribuiu para a fundação do Orfanato São Benedito, alojando, em sua residência, a mãe Luciana e três órfãs que, vindas de Pelotas, perambulavam pelas ruas da cidade, vendendo santinhos para sua sobrevivência.

 

Viscondessa

A viscondessa Tereza Pimentel Magalhães teve relevantes serviços, não só pelo campo social, como contribuindo generosamente com as instituições locais, principalmente em Santa Tereza, onde ainda hoje sua benemérita obra se nota. Além de sua valiosa participação como integrante da comissão que concretizou a fundação do colégio das irmãs, fez com seu marido, Visconde de Ribeiro Magalhães, doasse generosos donativos para construção da Matriz de São Sebastião.

 

Rosemeire

Um dos mais importantes nomes femininos da imprensa local, Maria Mércio Carneiro, com raro brilhantismo, por mais de meio século, assinou a apreciada coluna "Cartas femininas", no Correio do Sul. "Rosemeire" era o pseudônimo usado por ela. Os eventos que ela divulgava e incentivada tinham, antecipadamente, a garantia do êxito, tal o prestígio e confiança que desfrutava sua coluna entre os leitores do antigo jornal da cidade. A brilhante cronista se tornou merecedora do reconhecimento da comunidade por tão inestimável contribuição, dada a tantas beneméritas iniciativas que apoiou ao longo de sua fulgurante atuação na imprensa.  

 

Dona Odith

Natural de Quaraí e vindoa ainda jovem para Bagé, Odith Santos Moglia, ao longo de sua existência, desenvolveu em nossa cidade uma rara abnegação, importante ação social em benefício da infância, adolescência e velhice. Além de sua valiosa colaboração ao padre Honório Muraro na construção do Instituto São Pedro de Educação e assistência, auxiliou e trabalhou em diversas instituições bajeenses, como Instituto de Menores, Asilo José e Auta Gomes, Roupeiro Nossa Senhora de Fátima, Lar da Criança Santa Rita, Obra do Bercinho, Garotos do Dom Bosco, Berçário Menino Jesus, Maternidade da Santa Casa, Escola São Timóteo e Severiano da Fonseca, Asilo Santo Antônio, Seminário Diocesano Instituto da Luz e Berçário da Santa Casa. A Câmara de Vereadores, em reconhecimento aos demais serviços comunitários prestados, conferiu o título de Cidadã Bajeense a esta mulher que tanto ajudou nossa comunidade.

 

Generosidade e desprendimento

Muitas outras senhoras merecem, certamente, o reconhecimento pelo trabalho comunitário realizado, por sua generosidade e, também, desprendimento. Entre elas, dona Alayde Amaro Leite, grande benemérita da Santa Santa Casa e doadora do prédio onde está instalada a Delegacia Regional da Saúde, a qual, como reconhecimento, recebeu seu nome.

Dona Manuela Galibern Bidart e seu marido, Martin Bidart, que legaram recursos para construção do antigo Orfanato Bidart, sendo, também, grandes cooperadores da Santa Casa.

Também a senhora Ana Dorotéa Gaffrée, que doou o prédio e recursos para a adaptação e instalação do Orfanato São Benedito.

Galeria de Imagens
PLANTÃO 24 HORAS

(53) 9931-9914

jornal@minuano.urcamp.edu.br
SETOR COMERCIAL

(53) 3242.7693

jornal@minuano.urcamp.edu.br
CENTRAL DO ASSINANTE

(53) 3241.6377

jornal@minuano.urcamp.edu.br