Editorial
Para superar a seca
A estiagem que assola a Campanha gaúcha, assim como outros municípios da metade Sul do Estado, trouxe prejuízos quase que incalculáveis. E em vários aspectos. Se em Bagé, a zona urbana vive época de racionamento, no campo a preocupação é com as perdas das lavouras que comprometem a renda do produtor. Neste sentido, a expectativa segue sendo qual será o auxílio prestado pelas esferas estadual e federal.
Amanhã, a Rainha da Fronteira sedia uma reunião entre prefeitos cujo objetivo é direto, mas, acima de tudo, estratégico: definir quais serão os pedidos a serem apresentados em Brasília, em agenda programada para o dia 21.
A partir da agenda em solo bajeense, é fundamental que os gestores acertem os denominadores, afim de que as solicitações encaminhadas sejam atendidas a pleno. De nada adiantará lotar a União de pedidos isolados, segmentados. Caso isso ocorra, será quase que uma certeza que apenas um pequeno percentual de demandas será sanado.
A atuação dos chefes dos Executivos municipais, mais que política, deverá atentar para o apelo direcionado e reforçado por números verídicos. Afinal, o que é mais importante? Para o produtor, é quase que unanimidade que a disponibilização de créditos é essencial. Afinal, pior que perder sua colheita – em boa parte já queimada pela seca – é não ter condições para se reerguer financeiramente, e, ocasionalmente, se ver obrigado a abandonar sua propriedade. É preciso atenção coletiva para superar a seca! Grandes obras sanadoras do atual cenário não podem ser descartadas jamais, mas devem ficar para um segundo momento.