Cidade
Cervejarias apostam em inovações para atrair público bajeense
A tradicional festa irlandesa de Saint Patrick’s Day (Dia de São Patrício, celebrado em 17 de março), foi comemorada em grande estilo em Bagé. O segundo Festival de Cervejas da Campanha reuniu, no final de semana, no largo do Centro Administrativo, 14 cervejarias de Bagé, Porto Alegre, Rio Grande, Pelotas, Dom Pedrito e Eldorado do Sul, além de oito empresas de gastronomia e centenas de visitantes. A programação foi organizada pela Associação dos Cervejeiros da Fronteira (Acerf) e pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação.
Bebidas em garrafas ou nos barris foram comercializadas pelos cervejeiros que apostaram em diferenciais para atrair o público. O chope de várias cores, de cevada ou trigo, chamaram a atenção. Esse foi o caminho encontrado pelos irmãos Giovanni, 35 anos, e Darles Scremim, 37 anos, de Rio Grande e Santa Maria. Os dois apostaram no mercado há seis meses e produzem o chope artesanal em grande escala, com uma câmara fria que armazena cerca de três a quatro mil litros.
Giovanni é técnico em radiologia e deixou um dos empregos para empreender no mercado das cervejas. “Aprendemos muito nesse período. Realizamos cursos e todos se ajudam. Não temos disputa, e sim concorrência entre os cervejeiros”, relata.
Por ser o dia de São Patrício, o cervejeiro Jean Dias, 32 anos, de Rio Grande, se caracterizou com chapéu e rosto pintado de verde. Ele não fabrica a bebida, somente comercializa, e, com isso, conta com diferentes marcas e produtos. Dias participou das duas edições, em Bagé, e disse que na primeira faltou chope. “Trouxe o dobro desta vez”, adiantou. Ele explica que o lucro é bom, mas o risco também é alto, por se tratar de produto artesanal. “Pode azedar no barril”, salienta.
Os primos Vitório Nicolini e Cristian Guterres, de Bagé, participaram pela primeira vez do festival. Eles iniciaram fazendo cerveja há um ano para consumo próprio e decidiram expandir o negócio, porque os amigos ficavam solicitando o produto. Eles ainda não investiram no chope e seu produto, de nome Bandida, é comercializado somente em garrafa. “Estamos conseguindo atender a demanda”, disse.
Avaliação
De acordo com o presidente da Acerf, Rafael Rodrigues Vieira, o festival cumpriu seu papel. Ele disse que a cada edição serão realizadas melhorias. Desta vez houve o crescimento de participantes e de estrutura.
Para o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação, Bayard Paschoa Pereira, mesmo com o tempo chuvoso de sábado, o público não se assustou e não afetou a realização do evento. Ele lembra que esta foi uma edição especial e que em setembro haverá outra. “O mercado está aumentando e o papel da secretaria é abrir espaço para acolher novos projetos, setoriais e acolher os empreendedores”, relatou.
O empresário José Pinho, 42 anos, foi com um grupo de amigos do motoclube que participa. Ele salienta que o espaço é propício para a integração das pessoas além de auxiliar o comercio local.
Apresentações
Durante o festival, houve a apresentação da banda Vera Loca que encerrou o evento ontem. Também subiram ao palco os grupos, Puesta del Sol, Fábrica Soul, Linha Vermelha, Viajantes do Eden, Reggae na Varanda, Taxi Drive, Velho Abajour, Nando e Henrique, Exequator e Daniel Perez.