Cidade
Apae pretende inaugurar novo prédio ainda neste semestre
Enfrentando dificuldades financeiras, a Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais de Bagé (Apae) realizou várias campanhas para a finalização do prédio, que iniciou a ser construído em 2006. Mais de R$ 320 mil foram investidos na empreitada para que a instituição pudesse concluir a obra e, então, negociasse uma dívida de cerca de mais de R$ 1 milhão junto ao Estado. A meta da entidade era sair da inadimplência e passar a poder concorrer a verbas públicas.
Mesmo com a ajuda de várias entidades e clubes de serviço, alguns detalhes ainda são necessários para que os 360 assistidos possam usufruir da estrutura. Segundo o presidente da entidade, Luís Cézar Silva, a obra está praticamente concluída, porém faltam as pinturas externa e interna, além da finalização dos banheiros e guardas de proteção.
Silva ressalta que falta em torno de cinco galões de 18 litros de tinta branca semibrilho, três banheiros completos (vaso e descarga acoplado e pia) duas pias, argamassa e corrimão para os sanitários, por serem adaptados para cadeirantes. “Com isso, conseguimos prestar contas, utilizar a estrutura e iniciar o trabalho”, relata.
A instituição teve contribuição da Liga Feminina de Combate ao Câncer, de R$ 138 mil, além de empresas, da população bajeense e do Ministério Público Federal. De acordo com o presidente, a situação da instituição é complicada, pois toda a receita que entra é utilizada para o pagamento da folha. “Hoje, temos 30 funcionários e uma dívida de R$ 152 mil com a Receita Federal referente a encargos”, frisa.
A entidade recebe R$ 28 mil do Sistema Único de Saúde e o telemarketing da Apae chega a arrecadar R$ 25 mil por mês . Esses valores são aplicados na folha.
Embargo
A reforma do prédio iniciou em 2006. Dois anos depois foi embargada, pois não houve prestação de contas da gestão da época sobre os recursos utilizados, um montante de R$ 487 mil disponibilizados pelo governo do Estado. Em 2008, a Secretaria Municipal de Coordenação e Planejamento (Scoplan) embargou a construção por falta de documentos e controle da obra.
O prédio, de dois andares e, aproximadamente, 350 metros de área construída, tem, no primeiro pavimento, o setor de cozinha, refeitório, lavanderia, sala da nutricionista, de fisioterapia, de informática e biblioteca. O acesso ao segundo pavimento contará com escada e elevador para portadores de deficiência. Nesse nível, os cômodos são destinados à administração e direção, além do local de atendimento e sala para as mães. Também no pavimento estão localizados os espaços dos profissionais especializados, como psiquiatra, neurologista, odontólogo, clínico geral, assistente social, psicólogo e fonoaudiólogo.