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Editorial

Campanha eleitoral: polarização e versões

Publicada em 24/03/2018

Essa carta se destina ao cidadão e à cidadã que já perceberam que, mesmo ainda no embrião, está começando uma campanha eleitoral das mais tensas da história nacional. E para quem é da fronteira e da campanha, gente acostumada a desfrutar de horizontes largos e céu farto, fica a impressão de nuvens turvas e revoltosas, como a denunciar uma frente fria ou temporal para logo, logo. Até a natureza indica seus sintomas quando o equilíbrio está em jogo. Nessas situações, a realidade pode ser falseada.
Na política, o maior sinal de equilíbrio é o pleno gozo das liberdades e do funcionamento das instituições. Mas, acima de tudo, o que mais determina a qualidade do embate democrático é o respeito entre os contendores. Quando o rancor e a polarização tomam conta do debate eleitoral, o processo democrático sofre as consequências. Assim como se diz que em tempos de guerra a maior vítima é a verdade, pode-se atribuir que em período eleitoral esse risco também se avoluma. Atiçado pelo oponente, o limite na mensagem do candidato fica cada vez mais frágil e fácil. É por isso que o discurso eleitoreiro tende a encobrir verdades em diferentes camadas de versões.
Em Bagé, esses sintomas já podem ser notados, mas é importante estar atento a generalizações ou fórmulas simplificadoras para eventos e contextos nem sempre tão lógicos. Como uma instituição que há 60 anos demonstra seu trabalho e influência na formação de profissionais e na garantia de acesso ao Ensino Superior, a Urcamp passa a ser exemplo para alguns comentários.
Por isso, é importante lembrar que nas décadas em que o poder público não viu necessidade de investir em ensino universitário nesta fronteira e campanha ou quando as cidades da redondezas não faziam brilhar os olhos dos grupos privados e muitas vezes predadores da educação, a Urcamp foi criada por iniciativa e apoio da própria comunidade; foi ela que manteve o sonho do bajeense e dos moradores dos vizinhos municípios em cursar sua faculdade; foi ela que, formando profissionais, possibilitou que os setores se abastecessem de conhecimento e de pessoas preparadas para os desafios do futuro; foi ela que, escolhendo ser comunitária, reconheceu que era preciso garantir as vagas possíveis para estudantes carentes; foi de sua estrutura, com seus colaboradores e de seus próprios campi que partiu a tentativa de se ver federalizada; e foi este objetivo, transformado em ilusão, que envolveu seus colaboradores, alunos e a própria comunidade numa mobilização que acabou dando origem a atual Unipampa.
Então, não é justo concordar passivamente com argumentos de que tanto a Urcamp quanto a comunidade regional, em suas mais diversas classes e representações, não tivessem interesse direto no funcionamento pleno de uma universidade federal ou da ampliação do acesso ao Ensino Superior público e gratuito. Tanto isso é verdade que, mesmo pensando que a própria Urcamp seria a federal, os municípios onde a universidade está instalada foram mobilizados na crença de que, a partir da Urcamp, a região teria uma universidade pública.
Portanto, se houver a necessidade de agradecer a alguém - o que pode soar redundante e retórico em se tratando de um direito público – é preciso lembrar do quanto a própria Universidade da Região da Campanha significou no processo de instalação da Unipampa em Bagé. Então, que esse posicionamento seja uma luz, um rumo informativo para futuros discursos da campanha eleitoral de 2018. Tanta história e tanto esforço para dar dignidade a esta região não devem sucumbir nos discursos interessados das campanhas eleitorais.
É preciso lembrar que depois das tempestades vem o dia novo, o dia bom. E nele, vamos necessitar de iniciativa, parceiros e realizações. Vamos torcer para que, depois da turbulência, os sonhos possam ter sua força original revigorada para incentivar o desenvolvimento e a convivência.

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