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Comerciantes de peixe se preparam para Sexta-feira Santa
Com a proximidade da Sexta-feira Santa, o consumo de peixe tende a aumentar em virtude das crenças religiosas cristãs. Em Bagé, os comerciantes especializados nesse mercado já se preparam para atender o crescimento das demandas, planejando, inclusive, atender seus clientes durante o feriado.
Há 39 anos em atividade no município, o empresário Vinícius Zafalon, de 47 anos, conta que antes mesmo da chegada da Semana Santa, já vê um crescimento de 30% em suas vendas em relação ao restante do ano. O comerciante afirma que, nesta época, a procura por peixes sofre um grande aumento. “Em alguns anos, na quinta-feira santa nós vendemos o referente a dois meses de trabalho”, declara.
Zafalon destaca que muitas mercadorias aumentaram o preço devido a crise, mas a qualidade dos produtos permanece a mesma e a loja terá promoções especiais para a semana. As variedades mais procuradas, segundo o empresário, são camarão e os filés de traíra e anjo, além de outros produtos congelados e pré-prontos.
Já o comerciante Emir Braga, de 66 anos, disse que ainda não notou mudanças no movimento, mas afirma que sua clientela costuma deixar para comprar o peixe nos dias que antecedem o feriado. Há cerca de nove anos, ele divide-se entre uma loja fixa e a feira livre, no Calçadão de Bagé, mas sua história no comércio de peixe começou há mais de 45 anos, em Rio Grande.
Braga afirma que, dos mais de 20 produtos comercializados em suas lojas, os mais procurados são as especiarias feitas de traíra e os bolinhos de peixe. “Geralmente, os peixes de água doce são os que mais saem, traíra é o 'xodó' da gente”, destaca.
Feira do Peixe Vivo
Em virtude da proximidade da data, no dia 29 de março, a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação promove mais uma edição da "Feira do Peixe Vivo". Com o apoio da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-RS), cerca de 2,5 toneladas de peixes devem ser comercializadas.
Entre as espécies a serem disponibilizadas estão carpas capim, húngara, cabeça grande e prateada, além de traíras. O produto deve ser comercializado vivo. Segundo o titular da pasta, Bayard Paschoa Pereira, assim como no ano anterior a comercialização dos produtos deve ocorrer durante todo o dia.