Jurandi Machado da Silva, 77 anos, foi absolvido, na manhã de ontem, após júri popular. Ele era acusado de tentar matar Jorge Alberto de Sousa Mugica, no dia 15 de agosto de 2013, na rua Cecyra Fallace Saraiva, no bairro Ivone.
Conforme a sentença de pronúncia, o acusado teria desferido um tiro contra a vítima, que atingiu de “raspão” a cabeça, em virtude de desavenças relativas ao direito de usar o bem imóvel localizado no local do fato. Neste local, a vítima criava alguns cavalos e o denunciado possui seu empreendimento, uma lenheira.
Em depoimento, a vítima relatou que o acusado tentou lhe matar e que lhe ameaçava de morte durante todo o momento da discussão. “Ele me deu um tiro na cabeça, inclusive fui para o pronto-socorro, muito ensanguentado, e no raio-X apareceu que rachou meu crânio. O Seu “Dico” (apelido do acusado) ainda desferiu outro tiro após eu segurar a mão dele com o revólver. Ele fugiu com o filho de caminhonete”, completou.
A vítima disse que o acusado andava sempre armado. Mugica também informou que nunca mais viu Silva. “Eu nunca usei armas. Nunca briguei e nem esfaqueei ninguém. Até me dava com ele. Ele tomava mate conosco nas cocheiras. Não sei por que fez isso. No dia que aconteceu o fato, me chamaram lá porque ele estava botando uma cerca num local que não era dele, e então já saiu me xingando e falando ofensas. Então me deu um tiro”, acrescentou.
O acusado, em declaração no júri, afirmou que estava apenas demarcando o seu terreno quando a vítima chegou e foi lhe ofendendo. “Ele fazia menção de pegar uma arma na cintura, dei um tiro para cima e desferi umas três coronhadas nele, não atirei para matar, não tinha intenção, meu filho estava no local e até foi ele que apartou a briga e ajudou ele a entrar no carro. A briga partiu dele, chegou bravo e me ofendendo”, concluiu.
O Ministério Público resolveu pedir a absolvição do acusado, o que foi acatado pelos jurados e pela juíza Naira Melkis Pereira Caminha.