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CPERS debate terceirização e aponta sucateamento da Educação
Os riscos de terceirização no serviço público foi o tema que pautou a plenária do CPERS/Sindicato, realizada na tarde de ontem, no auditório da Escola Estadual Silveira Martins. O encontro reuniu professores e funcionários de escolas públicas, além de representantes da direção do CPERS Estadual. A presidente estadual do sindicato, Helenir Aguiar, não participou da plenária.
As plenárias foram organizadas pela direção estadual, que busca aproximação com a categoria para esclarecer, informar e preparar os educadores e trabalhadores para as consequências das terceirizações na educação pública.
A diretora do 17º Núcleo do Cpers/Sindicato, Delcimar Delabary, iniciou a plenária relembrando algumas das principais lutas que a categoria tem enfrentado nos últimos tempos, como o parcelamento de salários, escalonamento e falta de agenda para pagamento dos vencimentos. “Quando achamos que não havia mais nenhuma maldade a ser feita, vem a pior de todas: a terceirização, que pode extinguir funções efetivas." afirma.
Em seguida, a pauta foi repassada para as integrantes da direção do CPERS Estadual, Cândida Rosseto e Valdete Moreira, além do advogado representante do sindicato, Dejair Aires. Valdete relembrou o período de instabilidade política e econômica do País e ressaltou o sucateamento da educação como um dos fatos mais agravantes, principalmente em relação ao Projeto de Emenda à Constituição 55 (PEC), a conhecida “PEC da Morte”, que congela os gastos públicos por 20 anos, que inclui, também, investimento no ensino. Ela também destacou alguns reflexos de outros projetos, como a reforma do Ensino Médio e adoção do ensino a distância, além da precarização da educação no campo. “As pessoas devem se apropriar dessas questões e saber o que está acontecendo para que possamos fazer o enfrentamento”, apontou.
Em seguida, abordou o tema da proposta de terceirização, que irá permitir contratação, não apenas de atividades acessórias da empresa, mas também atividades-fim. A partir disso, as escolas poderão contratar, além de serviços terceirizados de limpeza, alimentação e contabilidade, professores terceirizados.