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Chocolate não é para cachorro

Publicada em 30/03/2018

Diversos alimentos que fazem parte da alimentação dos seres humanos não devem estar presentes na dieta dos animais, dentre eles pode-se citar o chocolate. Este é produzido a partir de sementes do cacau, que é composto de carboidratos, sais minerais, vitaminas e ácidos orgânicos como as metilxantinas, as quais são a teobromina e cafeína, consideradas estimulantes das funções orgânicas. O chocolate é um dos principais alimentos causadores de intoxicação em cães, por conter elevados teores de metilxantinas. Dentre essas, a teobromina é a mais perigosa, e sua quantidade aumenta com a diminuição do teor lipídico do chocolate, portanto, sendo maior em chocolates amargos.
As metilxantinas são altamente lipossolúveis e possuem a facilidade de atravessar as barreiras placentárias e hematoencefálica. Elas são absorvidas tanto no estômago quanto no intestino, sendo distribuídas amplamente por todo o corpo. Uma vez absorvidas no trato gastrintestinal, são metabolizadas no fígado através das reações de conjugação. Os cães são mais sensíveis à intoxicação por metilxantinas porque apresentam lenta eliminação em comparação a outras espécies. No cérebro, competem com os receptores benzodiazepínicos, e, com isso, causa excitação.
Em grandes quantidades no organismo, a teobromina causa diurese, relaxamento dos músculos lisos, principalmente da bexiga; estímulo do coração; aumento da contratibilidade miocárdica e taquiarritmias que poderão levar a edema pulmonar e congestão; estímulo do SNC, potencialização do estado de alerta e hiperatividade reflexa, tremores e ataques convulsivos; e aumento de resistência vascular cerebral, provocando uma diminuição do afluxo e da tensão de oxigênio na circulação periférica.
A dose tóxica da teobromina é de 100 a 175 mg/kg. Em geral, podem-se observar sinais leves em cães que ingeriram 20 mg/kg. Os efeitos cardiotóxicos podem ser observados na dose de 40 a 50 mg/kg e as convulsões podem ocorrer em dose maior ou igual a 60 mg/kg. A dose de 60 g de chocolate ao leite por kg de peso corporal é potencialmente letal. Os principais sinais clínicos normalmente encontrados são: diarreia, vômitos, hiperatividade, tremores, fraqueza, taquicardia, hipertermia, dor abdominal, poliúria, taquipneia, arritmias cardíacas, convulsões, desidratação e intensa vocalização, além de mortes. Os sintomas são relatados entre seis a 12 horas após ingestão. O diagnóstico é baseado no histórico de ingestão, acompanhado dos sinais clínicos e achados de chocolate no conteúdo de lavagem gástrica.
Portanto, com a Páscoa chegando é muito importante alertar os proprietários sobre o risco de ofertar chocolate e seus derivados aos animais, pois apesar de pouco conhecida, a intoxicação por chocolate é frequente em cães, principalmente pela falta de conhecimentos dos seus efeitos ao organismo do animal. Em pequenas quantidades, pode ocasionar um quadro toxêmico e levar até mesmo à morte, em grandes quantidades.
Guardem ou peçam para as crianças da casa deixarem os ovos, bombons e semelhantes em locais em que nossos amigos de quatro patas não tenham acesso, pois, às vezes, pelo faro, eles podem achar e comer, e o domingo de Páscoa poderá ser em companhia de um médico veterinário. Feliz Páscoa a todos.


A coluna acima foi tema de trabalho em sala de aula da disciplina de Clínica de Pequenos Animais, no curso de Medicina Veterinária na Urcamp/Bagé, sob orientação da professora Regina Pereira Reiniger.

Bruna Antunes Teixeira, Lucas de Souza Cougo, Natali Silva Maruri, Fernando Machado da Luz e José Carlos Massoni Schirmann.

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