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Projeto de Apadrinhamento Estudantil realiza segundo circuito de palestras e debate sobre Autismo
O auditório do complexo do Museu Dom Diogo de Souza foi palco, na noite de quarta-feira, do segundo circuito de palestras sobre Autismo. A atividade buscou expandir o entendimento sobre o tema, por meio de uma mesa redonda com profissionais que atuam com portadores do transtorno, além de mobilizar professores e acadêmicos da área da Saúde.
De acordo com a psicóloga Dilce Helena Santos, que trabalha diretamente com crianças e adolescentes portadores de autismo junto ao Centro de Atenção Psicosocial Infantojuvenil (Cpapsi), o transtorno ainda é um diagnóstico que assusta, pois muitos pais preferem negar o autismo e isso prejudica o tratamento e a estimulação. Segundo a profissional, quanto mais cedo é feito o diagnóstico, maior é a possibilidade de se atenuar os transtornos. O trabalho consiste em criar um plano terapêutico voltado para cada caso específico, que envolva a família, a escola e toda a equipe multidisciplinar envolvida. "Temos que traçar um plano individual, porque o autista é único, cada um tem uma forma de tratar", revela.
Já a coordenadora do setor de Atenção à Pessoa com Deficiência, da Secretaria Municipal da Saúde, Cimone Gonzales Halberstadt, relatou situações que ajudam a amenizar os distúrbios e enalteceu a oportunidade de poder debater o tema. "A universidade tem essa responsabilidade social e passa isso aos seus acadêmicos. Isso produz uma nova consciência, a da construção de uma sociedade mais justa e igual. A informação é o único meio para que isso aconteça e a Universidade da Região da Campanha (Urcamp) está de parabéns por trazer a tona esse debate", ressaltou.
O encontro fez parte do segundo Ciclo de Palestras promovido pelo projeto de Apadrinhamento Estudantil, que consiste numa parceria entre alunos do curso de Psicologia e Ascom/Urcamp. Maria Yaguna, do 3º semestre, é uma das idealizadoras do programa, que ainda deve contar com outras sete palestras até o fim do semestre. "Quando nós começamos, a intenção era estreitar o vínculo entre colegas e professores. De fato, produzir algo construtivo, mas o projeto ganhou dimensões grandes em pouco espaço de tempo, porque a Urcamp abraçou a ideia e virou um projeto de extensão da instituição", frisou.
O primeiro ciclo de palestras aconteceu no dia 10 de março, sob o tema "A infância e adolescência". O próximo encontro deve acontecer no mês de maio.