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Encontro de carros antigos movimenta o largo do Centro Administrativo
Dezenas de carros antigos tomaram o largo do Centro Administrativo no final de semana. Objetos de desejo, como Dodges e picapes em ótimas condições, desfilaram pelo local, alegrando os olhos dos visitantes e participantes do 5º Encontro Internacional de Carros Antigos. Organizado pelo grupo Clássicos Bagé, junto com a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação, o evento reuniu mais de 200 veículos e participantes de mais de 20 cidades do Brasil e países vizinhos.
Quem veio de longe foi Richard Machado, 35 anos, e a família. Há quinze dias com uma Suburban, da Chevrolet, ele fez a prova de fogo percorrendo com ela os 170 quilômetros entre Bagé e Rivera. E o veículo confirmou a qualidade do motor e chegou ao evento como um dos mais antigos vindos do Uruguai, datando de 1948.
Machado conta que a paixão por carros vem da infância. Filho de mecânico, ele herdou do pai o gosto pela profissão e a paixão pelos veículos antigos. Proprietário de uma Ranger, utiliza o veículo atual apenas na logística do trabalho. Fora do horário de expediente, é com os veículos antigos que aproveita o tempo livre.
Ele conta que a Suburban é o sexto carro antigo que comprou. Antes, possuía uma picape Chevrolet. Com o nascimento da filha mais nova, resolveu investir em um carro maior. E foi assim que a Suburban entrou para a família. "É o que eu sempre digo: as pessoas costumam andar nos carros que podem comprar. Eu ando no carro que eu realmente gosto de usar", disse.
Junto a Machado, no grupo de Antigos Movilistas do Uruguai, veio Pablo Torres, 44 anos. O analista de sistemas trouxe um dos veículos que despertou mais atenção dos visitantes: um Lotus Seven, de 1980. Também conhecido como "baratinha", o veículo era um desejo antigo de Torres, que viu o modelo pela primeira vez ainda criança, em uma corrida de automóveis em sua cidade natal.
Muitos anos depois, surgiu a oportunidade de comprar o Lotus, que está com ele há dez anos. Torres possui, também, uma camioneta Ford F100, de 1956, mas seu "xodó" ainda é o "primogênito" da coleção iniciada. "Fiz alguns reparos na pintura e estofamento do veículo, já que a parte mecânica estava em ótimas condições", conta.
Responsável pela pasta de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação, Bayard Paschoa Pereira destacou o reflexo do sucesso do evento. "É muito bom para a economia do município, com hotéis cheios, restaurantes lotados, mercados vendendo e o comércio em geral aquecido. Particularmente, entendo que é uma forma de contarmos um pouco da nossa história e desenvolvimento econômico através dos automóveis", pontua.