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Aids e a leucemia felina: como prevenir
Para quem ama e vive com os gatos, é importante saber algumas das doenças que podem atingi-los e a forma de prevenção. Duas dessas doenças - que não têm cura, mas podem ser prevenidas - são a FIV e a FELV, conhecidas como a Aids e a Leucemia felinas, respectivamente. A veterinária Ana Nunes Vieira Lacerda conta que tem percebido um grande número de animais infectados com estas doenças na cidade.
A FIV é transmitida por um vírus, por meio de relações sexuais ou brigas, por meio do sangue. A doença diminui a imunidade do animal, aumentando a possibilidade do desenvolvimento de outros problemas. A FIV, mesmo sem cura, pode ser tratada e os animais ainda podem conviver com a doença por muitos anos.
No caso da FELV, porém, não há como reverter a situação depois que aparecem os primeiros sintomas. Ana conta que, após a doença se desenvolver no corpo do gato, a expectativa média de vida do animal é de dois a três anos. Este vírus é mais fácil de ser disseminado porque pode ser transmitido por secreções, como a saliva e urina.
A doença ataca a medula e pode atingir as células vermelhas, causando anemia, por exemplo; atinge também os glóbulos brancos, responsáveis pela defesa do organismo e as plaquetas, que cuidam da coagulação sanguínea. A FELV, como explica profissional, também desenvolve tumores no animal. Mesmo assim, há pets que podem carregar o vírus, sem que a doença se manifeste - são os portadores assintomáticos.
A veterinária ressalta que a fêmea com FELV passa a doença aos filhotes, que, em geral, não sobrevivem por muito tempo após o nascimento. Ela explica que, por ser de fácil transmissão, a leucemia felina é mais comum em aglomerações de felinos. Além disso, nesses ambientes, os animais acabam ficando estressados, o que pode baixar a imunidade do animal.
Ana destaca que o melhor é prevenir. Não há vacina para a FIV. Porém, neste caso, é válido castrar os animais, para evitar o acasalamento. Já para a FELV, há a possibilidade de aplicar vacina. A veterinária informa que além da castração e da vacina, é recomendável manter os animais em casa, para evitar o contato com outros pets da rua, que podem estar infectados.
A profissional também alerta que é necessário aplicar o teste para descobrir se o animal tem um dos vírus. O procedimento é rápido, o resultado sai na hora e o veterinário precisa apenas de um pouco de sangue do pet. Isso vale, especialmente, para as adoções de gatos tirados da rua. Ana ressalta que, em residências onde já há outros gatos, é possível que o novo pet contamine os demais.
Quando o tutor descobre que um de seus gatos tem uma das doenças, o ideal é deixar o felino infectado isolado dos outros. Ainda sobre o teste, a veterinária salienta que é importante repetir o procedimento após 90 dias.