Editorial
Necessária economia
Encarar um racionamento de água, igual ao vivido, na atualidade, em Bagé, não é das missões mais simples, mas nem por isso é das mais complicadas. A questão envolvendo a distribuição parcial do hídrico, a cada 12 horas, a um diferente setor da cidade, consiste, prioritariamente, em algo direcionado a motivar a consciência de cada cidadão.
Como se visualiza, mesmo o racionamento tendo sido adotado em fevereiro, e uma série de outras ações voltadas a ampliar a captação e diminuir as perdas tem sido implantada, os níveis das barragens seguem baixando dia após dia. Houve escassos momentos de recuperação, mas simplesmente por resultado das raras precipitações mais volumosas registradas. Isso porque o consumo ainda supera o que é reposto nos reservatórios.
O fato é que mesmo com frentes frias já tomando conta do clima, pouco irá mudar caso chuvas mais torrenciais ou mesmo frequentes não ocorram. Enquanto isso, o ideal é assumir que cada um dos bajeenses pode contribuir neste momento de persistente estiagem. Banhos rápidos e torneiras fechadas sempre que possível são medidas paliativas, é verdade, mas que contribuem sobremaneira para que o nível dos reservatórios se mantenham, pelo menos, estáveis. Trata-se de algo que atende a um benefício que será de todos, ou seja, não é uma obrigação, mas um motivador ao bem comum.
De fato, esta necessária economia, mesmo que constante e, por alguns momentos, incômoda, precisa ser superada. Ao menos por mais uma estiagem. Quem sabe, assim que concluída a sonhada barragem da Arvorezinha, Bagé ficará diante de algo impossível de ser repetido: o racionamento causado por uma estiagem.