Editorial
Para definir prioridades
O processo de definição de prioridades para o investimento de recursos pelo governo do Rio Grande do Sul, a partir da Consulta Popular, terá seu start a partir da próxima semana, quando ocorre a primeira assembleia do Conselho de Regional de Desenvolvimento, o Corede Campanha. O início das tratativas foi anunciada, ontem, a partir da definição da diretoria da entidade, em votação que reelegeu, como presidente, a reitora da Universidade da Região da Campanha, Lia Maria Herzer Quintana.
O processo, implantado, há anos, em solo gaúcho, em suma, se constitui como estratégico para que não apenas municípios estabelecem quais são seus principais gargalos, mas que as próprias regiões apontem quais são as possíveis soluções para demandas coletivas. Esse viés permite que, de forma direta, o Executivo estadual viabilize os projetos necessários, destinando verbas direcionadas dentro do próprio orçamento. Desse modo, na lógica, entraves burocráticos tão presentes em alguns setores políticos acabam sendo, no mínimo, reduzidos.
Para este ano, aliás a previsão é de acréscimo de valores para a Campanha. Dos R$ 80 milhões a serem reservados pelo governo, uma fatia de R$ 3 milhões deve ser revertida para a região. Obviamente que tal montante, mesmo volumoso, não solucionaria todos os problemas existentes, em especial por um território que vive, em 2018, um período de perdas ocasionadas pela estiagem. Por outro lado, se bem aplicados, os recursos poderão ter resultados significativos, ainda mais se destinados não apenas em medidas consideradas emergenciais, mas em pontos que permitam o desenvolvimento regional, que é o objetivo principal da Consulta Popular.
Como menciona a presidente reeleita do Corede, em publicação nesta edição, "é preciso que todos se sintam agentes ativos na busca de caminhos para o crescimento, formando um verdadeiro ecossistema de desenvolvimento regional". A análise da reitora da Urcamp, de fato, representa a importância no processo de Consulta Popular, o qual visa a participação de todos na definição de prioridades.