Cidade
Sindicatos rejeitam proposta do governo para aumento no salário de servidores municipais
As propostas apresentadas pelo governo municipal para atender as demandas dos servidores públicos foram debatidas, terça-feira, em assembleias do Sindicato dos Municipários de Bagé (Simba) e do Sindicato dos Professores Funcionários dos Estabelecimentos de Educação Municipal de Bagé (Sinprofem). Discutido em ambas reuniões, o projeto de lei que formaliza o aumento real de 1,81% no salário dos servidores do município foi igualmente rejeitado pelas duas entidades.
Conforme o presidente do Simba, Clodoaldo Fagundes, os associados questionaram o resultado, pois o índice utilizado para calcular o reajuste foi o IGP-M, que teve resultado negativo, em 2017.
O advogado do Sinprofem, Guilherme Batista, complementa ao dizer que em outros anos o aumento nos salários dos servidores foi calculado tendo como base o Índice de Preços ao Consumidor (IPCA), que terminou o ano passado com resultado positivo de 2,95%, o que garantiria um valor diferente de repasse.
Quanto à declaração do Executivo em formalizar o reajuste de 6,81%, referente ao Piso Nacional do Magistério, os sindicatos não tiveram objeções. Batista destaca que ao repassar o reajuste, o governo está fazendo sua obrigação com a lei. A estimativa é que o município invista, aproximadamente, R$ 4,5 milhões por ano para o repasse reajustado do piso.
Vale-alimentação
Outra medida apresentada pelo Executivo, e rejeitada nas assembleias, foi a elevação do vale-alimentação, de R$ 12,10 para R$ 20 por dia trabalhado, com contribuição do servidor de 5%. Os representantes dos sindicatos comentam que a taxa de contribuição é o principal motivo para a rejeição da proposta, sendo que os trabalhadores consideraram demasiadamente alta em relação ao aumento do valor.
Respostas das entidades
Fagundes afirma que o Simba entregará um documento com estas e outras respostas às propostas do governo municipal. A documentação, segundo o presidente, deve ser apresentada pelo sindicato, ao Executivo, com a esperança de que suas reivindicações sejam ouvidas. Já o Sinprofem, pretende publicar uma nota de resposta para divulgar sua posição oficial perante as propostas da prefeitura.
Os sindicatos afirmam que a elaboração de projetos, como a concessão de terrenos para suas sedes e o repasse de 300 unidades residenciais para os funcionários com menor renda, foram apresentados aos associados, mas não são de cunho sindical.