Campo e Negócios
Vacinação contra febre aftosa inicia em maio
A partir de 1º de maio, os produtores do Rio Grande do Sul devem vacinar seus rebanhos contra aftosa. A mobilização nacional encerra no dia 31 de maio. Quem descumprir a norma está sujeito a multa e outras punições.
O diretor do Departamento de Saúde Animal (DSA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Guilherme Marques, alerta que o calendário de vacinação deve ser seguido à risca. “O fazendeiro que não cumprir com sua obrigação será autuado e multado (a multa depende de cada estado) e a vacinação será aplicada mesmo que seja necessária a utilização de força policial”, afirma.
Marques observa, ainda, que o ministério avalia a imunidade para saber se os animais foram realmente vacinados. Isso é possível com a coleta de material (sangue), em várias propriedades, de diversos estados. Essa checagem complementa a declaração de vacinação e a nota fiscal de compra apresentada pelos criadores.
Se os auditores fiscais constatarem que o rebanho não foi vacinado, o produtor responderá um processo. “Então é bom todos estarem conscientes do seu papel, fazer a vacinação corretamente, conservando a vacina na temperatura de dois a oito graus, aplicando, preferencialmente, debaixo do couro, na tábua do pescoço dos bois e búfalos”, alerta o diretor.
Neste ano, a vacina continua com a dosagem de 5ml, contendo dois tipos de vírus: O e A. O criador que, eventualmente, observa algum tipo de lesão vesicular ou animais babando e mancando (suspeita de febre aftosa) deve comunicar imediatamente o serviço veterinário oficial.
Etapa estratégica
Após a vacinação de maio, o Rio Grande do Sul deve passar por auditoria para verificar a possibilidade de estabelecer o status de zona livre de aftosa sem vacinação. Em 1998, o Brasil recebeu o primeiro reconhecimento de zona livre de febre aftosa, obtido com a vacinação em massa nos estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina.