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Diminuem os estoques de gás, alimentos e medicamentos

Publicada em 26/05/2018
Diminuem os estoques de gás, alimentos e medicamentos | Cidade | Jornal Minuano | O jornal que Bagé gosta de ler
Motoristas mantêm filas para garantir gasolina

Mesmo com o anúncio de acordo realizado pelo governo federal, os caminhoneiros que estão parados, há cinco dias, em estradas federais e estaduais, decidiram por manter a greve. Com isso, começam a escassear produtos nas prateleiras e fruteiras de Bagé. Os postos de gasolina já não oferecem mais gasolina. Os últimos litros do produto foram limitados para 10 por veículo e, mesmo assim, muitos não conseguiram abastecer. Em alguns postos, até ontem, era possível encontrar etanol e, em outros, diesel.
Nos supermercados não houve o aumento da demanda e, por enquanto, os produtos limitados se restringem aos das promoções. A maior preocupação, segundo o gerente de um supermercado, Guilherme Pereira, é com os hortifrutis, que, a partir da próxima semana, podem faltar. Além disso, a empresa deixou de comercializar o vale gás, porque a distribuidora já não tem o produto em estoque para entregar.
Pereira salienta que outra preocupação é o pão que vem congelado. O gerente informa que a demanda é semanal e, na próxima semana, não deverá chegar. Além disso, também há a possibilidade de em sete dias terminar o gás estocado pela empresa para assar os produtos.
No setor de carne, a preocupação é ainda maior. O diretor de um frigorífico em Bagé, Édson Endres, ressalta que não há como realizar o abate, visto que não tem como buscar os animais nem entregar a mercadoria, em virtude da falta de combustível. Endres ressalta que aumentou a demanda nas lojas da empresa, principalmente no local onde funciona o frigorífico, mas garante que ainda há produtos nas câmeras frias. "Cancelamos o abate da segunda-feira e iremos avaliar no restante da próxima semana", disse.
O diretor enfatiza que, apesar da situação causar preocupação, apoia o movimento dos caminhoneiros. "Não existe mais condições de continuar pagando impostos sem ter retorno", pondera. Para ele, se perdurar a situação mais dois dias, pode haver uma convulsão social.

Feira livre
O movimento da feira de produtores teve um aumento ontem. De acordo com a agricultora Andréia Lemos, 40 anos, os alimentos produzidos em Bagé não correm o risco de terminar, mas outros, como batata, cebola e tomate, que vêm de distribuidoras, já estão escasseando. "Nossos valores se mantiveram", comenta.
Já o feirante Euclides Costa, 59 anos, já notou o aumento de preços. Segundo ele, o tomate, que, nas últimas semanas, custava, em média, R$ 2,5 o quilo, ontem foi comercializado por R$ 4. A cebola teve um aumento maior. De R$ 2,50 passou a R$ 5 o quilo. A maioria dos itens teve um acréscimo de 10%. "Tivemos várias crises, mas essa parece ser a pior. Mas tem que ser assim para ajeitar o País. Daqui há alguns dias vai ter dinheiro, mas não terá produtos para comercializar", comenta.

Remédios
Medicamentos, conforme a balconista de uma farmácia, Kátia do Pró, devido ao feriado de quinta-feira, ainda não foi sentida a escassez. Mas, segundo ela, a partir de segunda-feira, pode faltar alguns produtos. "As mercadorias são encomendadas diariamente", ressalta.
Em outra farmácia já está faltando insulina. Conforme a subgerente, Juliana Antunes, o medicamento precisa de refrigeração e os fornecedores preferiram não correr o risco de deixar o produto nos caminhões. "A empresa ainda tem produtos em estoque", frisa.

Leite
Produtores de leite também estão enfrentando dificuldades para entregar o produto. Segundo a presidente da Associação Bajeense de Produtores de Leite (Abaleite), Scheila Moraes Brasil, que comercializa de 8 a 10 mil litros por semana para uma empresa de Pelotas, os produtores estão realizando a ordenha e doando para instituições de caridade.
O mesmo caso acontece em uma Estância de Aceguá, que tem a capacidade de armazenamento de três mil litros. Conforme o proprietário, Cláudio Martins, a empresa também irá doar o produto. "Já estamos providenciando a doação desse leite que iria para fora de Bagé", ressalta.

Revendas
As revendas de gás, em Bagé, também sentem os reflexos da crise instituída no País devido à mobilização. Uma empresa que distribui botijões ainda tem estoque no pátio, mas dois caminhões que trariam a reposição do produto estão trancados em pontos diferentes de rodovias gaúchas. Uma outra revenda conta com baixa estoque, mas não tem previsão de aumento do produto.
Já uma terceira distribuidora procurada pela reportagem informou que já não conta com nenhum botijão cheio.

Paralisação
Conforme um dos caminhoneiros mobilizados no trevo da avenida Santa Tecla, Ragiel Ney, a proposta do governo federal não foi aceita pela categoria. Segundo ele, os profissionais estão se revezando em horários e estão permanecendo por 24h no local, com apoio dos produtores. Ele ressalta que a população está sendo solidária com o manifesto e a todo o momento chegam mantimentos, carne, pão, água e outros alimentos.
O motorista informa que, no local, já diminuiu o fluxo de caminhões, mas afirma que medicamentos e materiais como oxigênio para o hospital não estão sendo trancados nas barreiras. As cargas vivas estão sendo encaminhadas de volta ao destino.

Carreata
Na quinta-feira, o grupo realizou uma carreata pelas ruas de Bagé. Conforme um dos organizadores, Edgar Mor, que conta com quatro carretas, a população aderiu e participou junto do protesto. Para ele, é necessário que o governo se dê conta da necessidade da logística e, somente gerando esse "caos", é que será possível a mudança. "É um mal necessário, precisa haver sacrifício", ressalta.

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