ELLAS
Faux fur
Por Janine Pinto
Estilista/colaboradora
O uso de peles sempre foi um assunto polêmico no mundo da moda. Muitas celebridades, modelos e organizações como a PETA, por exemplo, são defensoras do não consumo de peles animais e trabalham pela conscientização do processo desumano pelo qual os animais são submetidos. Ao longo dos últimos meses, grifes como Gucci, Michael Kors e, mais recentemente, Tom Ford e Versace, anunciaram que não trabalharão mais com a matéria-prima, unindo-se a um grupo que já reunia Armani e Stella McCartney – além de grandes multimarcas e e-commerces, caso da londrina Selfridges e do Net-a-Porter. Por outro lado, a pele fake tem avançado a passos largos, em termos de tecnologia, e já conquistou espaço no closet das fashionistas. O aspecto muito artificial de outrora ficou definitivamente para trás: náilon, poliéster e viscose com seda e algodão estão entre os materiais que vêm sendo aplicados de maneira ultraespecial na produção de peles sintéticas – cujos preços, dependendo da peça, chegam a ultrapassar os da versão natural.
Claro que existem os que já tem uma mentalidade diferente e preocupados com uma moda mais humana e que se adaptaram e compram a “fake” fur, antes associada a algo de péssima qualidade, mas, que hoje, já evoluiu bastante. Na edição de agosto do ano passado, na Vogue Paris, Gisele aparece na capa coberta de “fake” fur, e estrela um editorial, fotografado pelo casal Inez and Vinoodh, dedicado a designers que não usam pele de animais.
Casacos coloridos, com estampas gráficas, animais, bolsas ou sapatos com detalhes em pele já são hits nas passarelas e nas ruas e vão continuar marcando presença forte na temporada. As peles estão aqui para ficar. Nós adoramos, é quente e leve, além de super feminino. Invista, a ideia tem a cara do nosso inverno!