Campo e Negócios
Mobilizações atrasam semeadura do trigo no RS
Os produtores de trigo aproveitam o período para reformar terraços, subsolar áreas compactadas e aplicar calcário, preparando as áreas para o plantio do trigo. Todavia, em alguns munícipios a prática foi suspensa em função da indisponibilidade de insumos devido à greve dos caminhoneiros. De acordo com o Informativo Conjuntural da Emater/RS-Ascar, alguns produtores relatam a falta de produtos para a continuidade dos trabalhos, levando a paralisarem o plantio ou mesmo a efetuá-lo sem aplicação imediata de adubo.
Nesse sentido, e comparada com a média dos últimos anos, a área semeada está defasada. No momento o percentual não ultrapassa 5%, quando o normal para a época deveria alcançar 12%. Já a comercialização de sementes, que chegou a preocupar o produtor em algum momento, segue em ritmo normal, porém abaixo do ano passado. A oferta neste ano é menor, segundo técnicos, em função da baixa produção e da qualidade obtida no ano anterior. O problema tem sido resolvido, em parte, com entrada de semente de fora do Estado, mais precisamente do Paraná.
O feijão da segunda safra do Estado se encontra em fase final de ciclo, com a colheita atingindo 80% da área estimada, com uma produção aproximada de 1,6 t/ha. Nesse momento, em razão da falta de abastecimento de diesel e de tráfego de caminhões, a colheita se encontra estagnada na maioria das propriedades.
O clima favoreceu a semeadura da canola e o desenvolvimento inicial das primeiras lavouras emergidas é satisfatório, com germinação e emergência uniforme, stand regular e plantas bem desenvolvidas. A cultura se apresenta como boa alternativa aos produtores que estão em busca de cultivos em substituição ao trigo.