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Mãe busca tutor em escola para o filho autista
Há quatro anos, o menino João Pedro Ferreira Valente, 10 anos, estuda na Escola Estadual de Ensino Médio Silveira Martins. Ele foi diagnosticado com autismo e, portanto, necessita de um tutor para acompanhá-lo na instituição regular. No início deste ano, o acompanhante do menino, após um ano de cuidados, foi trabalhar em outro local, e o aluno ficou sem tutor.
O caso foi parar na Promotoria de Justiça. A promotora Marlise Martino de Oliveira, após ouvir a mãe e representantes da 13ª Coordenadoria Regional de Educação (13ª CRE), recomendou que João Pedro fosse encaminhado para outra instituição de ensino, visto que, devido às justificativas da escola e da 13ªCRE, o menino não conseguiu se adaptar e não estava tendo avanços na aprendizagem, já que a turma, por ser grande, dificultaria o processo.
A mãe do menino, Leila Rodrigues Ferreira, alega que o filho está sofrendo preconceito por parte da escola e não aceita que João Pedro seja transferido. Ela conta que tem quatro filhos e todos estudam na mesma instituição. Segundo ela, o menino não precisa aprender como os outros alunos, mas, sim, aprender a conviver e socializar com a turma. Leila ressalta que já havia sofrido com a dificuldade de arrumar um tutor para o menino e precisou recorrer para que o Estado indicasse um monitor. "Ele tem direito e nós queremos escolher a escola para nossos filhos estudarem. João Pedro já está adaptado na instituição. Os argumentos não fazem sentido. Não aceito a decisão", diz.
Coordenadoria de Educação aguarda definição judicial
De acordo com o coordenador regional de Educação, José Carlos Nobre, o órgão pretende aguardar a decisão judicial. Por enquanto, há uma recomendação da Promotoria que o aluno seja transferido para uma escola com um corpo discente menor e que tenha um Atendimento Educacional Especializado (AEE).