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Bagé recebe programação que relembra o episódio do lixo enviado para os portos brasileiros

Publicada em 09/06/2018
Bagé recebe programação que relembra o episódio do lixo enviado para os portos brasileiros | Cidade | Jornal Minuano | O jornal que Bagé gosta de ler
Diniz trabalha como jornalista há cerca de 40 anos

A história da descoberta de toneladas de lixo enviadas da Europa para os portos brasileiros, em 2009, foi contada ao público bajeense, na sexta-feira. O jornalista gaúcho Diniz Júnior esteve na Rainha da Fronteira, onde promoveu uma exposição de fotografias e palestrou sobre o assunto abordado em seu livro “Toma que o Lixo é Teu”, lançado em 2017, com contribuições do fotógrafo Guga Volks e ONGs parceiras.
A palestra, realizada no salão nobre da prefeitura, e a exposição, na Casa de Cultura Pedro Wayne, fizeram parte da programação para a primeira Semana Escolar do Meio Ambiente de Bagé, realizada pela Secretaria Municipal de Educação e Formação Profissional (Smed).
Conforme o autor, a história apresentada nas cerca de 160 páginas do livro começa na Alemanha, em 2009. Na época, como editor da Revista Conexão Marítima, Diniz acompanhava uma missão de empresários brasileiros, com o objetivo de conhecer a infra estrutura do porto de Hamburgo, um dos maiores da Europa. Foi quando representantes de algumas ONGs procuraram o jornalista no hotel em que estava hospedado e informaram que alguns países do continente estavam enviando lixo em contêineres para vários portos do Brasil e um deles seria Rio Grande, cidade onde o jornalista mora.“Senti que começava a se desenhar uma grande história. Quando retornei a Rio Grande, a Receita Federal confirmou a história narrada em Hamburgo pelos ambientalistas”, conta o jornalista.
Em julho de 2009, os inspetores da Receita Federal de Rio Grande descobriram o esquema ao deslacrarem 40 contêineres enviados ao porto do Rio Grande. “Foram encontrados cerca de 740 toneladas de lixo doméstico e hospitalar, como seringas, fraldas e preservativos”, afirma.
Diniz ainda destaca que a Receita Federal também identificou que antes da descoberta, do conteúdo, oito contêineres com cerca de 150 toneladas de lixo foram transportados, de carreta, de Rio Grande para Caxias do Sul, na Serra Gaúcha.
Rastreando a documentação das empresas, foi possível, também, detectar a irregularidade em outros 25 contêineres no porto de Santos, em São Paulo, onde foram encontrados cerca de 200 toneladas de lixo. O autor também destaca que um dos reservatórios levava brinquedos, com bilhetes informando: “Entregue estes brinquedos para as crianças pobres do Brasil. Lavar antes de usar”.
A resolução
O material encontrado nos portos brasileiros foi embarcado no porto de Felixtone, no Reino Unido, e fez uma escala em Antuérpia, na Bélgica. Na época em que a irregularidade foi descoberta, o caso ganhou repercussão mundial e quase causou um incidente internacional entre o Brasil e o Reino Unido. O Itamaraty reagiu ao episódio e o Reino Unido enviou ao Brasil um pedido de desculpas. O material foi despachado de volta para a Grã-Bretanha em agosto de 2009, um mês após a revelação do fato.
A empresa britânica Edward Waste Paper confirmou ter exportado ilegalmente 89 contêineres contendo cerca de 15 mil toneladas de lixo doméstico para o Brasil em 2009. Mesmo com o caso, os portos brasileiros registram, com frequência, a chegada de resíduos. O porto de Rio Grande registrou, em agosto de 2010, um carregamento de 22 toneladas de lixo vindas em um contêiner embarcado no porto de Hamburgo, na Alemanha.
Na opinião do jornalista, a sociedade de consumo não sabe o que fazer com as toneladas de lixo que produz, pois alguns defendem que cada país deva armazenar o próprio lixo e não exportá-lo. Enquanto outros alegam que em uma economia globalizada é inevitável a livre circulação de mercadorias, inclusive o lixo, e que esse comércio deva ser regulamentado, mas não proibido.
“Na verdade, como em qualquer negócio que envolva muito dinheiro o que se deve combater é o comércio ilegal, as grandes máfias, e não transformar os países pobres em um lixão do mundo rico”, destacou Diniz.

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