Editorial
Dados promissores
Que a paralisação dos caminhoneiros, desencadeada no Brasil, entrou para a história do País não há dúvidas. Não apenas pelas reivindicações da categoria, mas pelo efeito cascata que a mobilização trouxe para a Nação. Mostrou, acima de tudo, o potencial que o setor de transportes tem para com a economia.
Contudo, mesmo diante de um momento incomum, que até gerou prejuízos para determinados âmbitos, na contramão, o setor de exportações seguiu mostrando um potencial brasileiro constituído ao longo dos anos. Reportagem especial publicada nesta edição, produzida pelo jornalista Sidimar Rostan, mostra, com números, que Bagé e região não fugiram a essa peculiar característica.
Em maio, conforme o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, a Rainha da Fronteira comercializou, para fora do País, produtos que, juntos, somaram US$ 5,4 milhões. A soma, que já impressiona por seu natural volume, representa um acréscimo significativo no comparativo com o mesmo mês do ano passado. E isso tudo em meio a uma greve que trancou boa parte da circulação da produção.
De qualquer modo, perante a constatação, é preciso reconhecer o potencial produtivo de Bagé e região. E não apenas por sua expressão financeira, mas por se constituir por uma rede, em especial do setor primário, que garante, consequentemente, empregos e circulação de renda. Se a indústria, por aqui, ainda não atingiu um patamar desejável, o campo, com sacas de grãos e carne para todos os gostos do planeta, garante um retorno fundamental para o desenvolvimento.