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Campo e Negócios

Pesquisa da Embrapa mostra que 12% dos brasileiros nunca comeram carne ovina

Publicada em 09/06/2018
Pesquisa da Embrapa mostra que 12% dos brasileiros nunca comeram carne ovina | Campo e Negócios | Jornal Minuano | O jornal que Bagé gosta de ler
Consumo é frequente apenas para 52 milhões de brasileiros, revelou estudo

As carnes bovina, suína e de frango já estão presentes na mesa do brasileiro. Por outro lado, a carne ovina precisa conquistar seu espaço na preferência do consumidor. Resultados de pesquisa realizada recentemente pela Embrapa Pecuária Sul, de Bagé, demonstraram que 25 milhões de brasileiros, 12% de consumidores do País, nunca sequer experimentaram a proteína oriunda de ovelhas, carneiros ou cordeiros.

Mesmo entre aqueles que já provaram carne ovina, a maior parte não criou hábito de consumo. Dos entrevistados listados na seção de consumo ocasional, 27% revelaram comer esse tipo de carne algumas vezes por ano e 35% consumiram alguma vez na vida, soma que corresponde a 128 milhões de pessoas. O consumo é frequente apenas para 52 milhões de brasileiros, ou 25% da população nacional, com 17% dos pesquisados saboreando a carne ovina pelo menos uma vez por mês, 7% uma vez por semana e 1% diariamente.

Ou seja, boa parcela daqueles consumidores que já provou, não fez disso um hábito. “Mesmo no Sul, onde há tradição na criação e consumo, a carne ovina é mais lembrada para os churrascos de fim de semana, para assar em momentos festivos, mas ela não está presente no cardápio durante a semana”, resume a pesquisadora da Embrapa Pecuária Sul, Élen Nalério, coordenadora do projeto “Aproveitamento Integral da Carne Ovina (Aprovinos)”, que busca levar ao mercado novas opções de consumo dessa carne.


Aprimoramentos necessários também fora da porteira
Segundo a Associação Brasileira de Criadores de Ovinos (Arco), os dados oficiais apontam consumo de 400 gramas anuais de carne ovina per capita, enquanto que o brasileiro come, em média, cerca de 44 quilos de carne de frango por ano, 35 quilos de carne bovina e 15 quilos de suína.

Conforme o pesquisador da Embrapa Pecuária Sul, Marcos Borba, a cadeia da carne ovina ainda carece de ajustes na eficiência produtiva. Além disso, os atores desse segmento precisam, cada vez mais, considerar as transformações nos hábitos de consumo de alimentos, que vão desde a apresentação do produto até questões de saudabilidade, ética no trato com os animais e durabilidade dos recursos naturais.

“Dentro da porteira nós ainda mantemos baixos níveis de produção, fruto de uma tradição na produção de lã, e que, portanto, requereriam uma assistência técnica mais dirigida, mais de acordo com a realidade. E fora da porteira, nós precisaríamos de uma melhor relação entre os componentes da cadeia, que nos permitisse, por exemplo, melhores processos de agregação de valor e melhores estratégias de relação com os consumidores”, pontua Borba.

E se um pessimista pensaria no quanto a carne ovina ainda é desconhecida e a cadeia ainda precise de ajustes, o otimista logo destacaria o potencial que o produto tem a ser explorado. E é exatamente esse ponto de vista positivo que pesquisadores têm cultivado, com diversas inciativas que buscam a valorização dessa proteína. “Essa realidade mostra um grande potencial para o aumento da produção e da comercialização, com a possibilidade de chegar a públicos que hoje não têm cultura de consumir esse tipo de carne”, enfatiza Élen Nalério.


Alternativas
Inspirados em processados suínos, pesquisadores criaram linhas de produtos inéditos no mercado: presuntos crus defumados e não defumados, copas, mortadelas, hambúrgueres e até bacon, já nominado de oveicon, tudo feito a partir de carne ovina. De acordo com Nalério, todos esses produtos são feitos com categorias animais com pouco valor comercial, como ovelhas mais velhas, porém, ainda com bastante qualidade nutricional. Além do desenvolvimento de derivados, o projeto trabalhou com cortes diferenciados de carne para apresentação e comercialização. Hoje a maior parte da carne ovina é vendida em peças grandes, como o pernil e a paleta, o que torna mais difícil o manuseio e o preparo.

“O desenvolvimento de produtos, além de aumentar a vida de prateleira da carne in natura, pode ser uma ótima oportunidade para aumentar o consumo de carne ovina. A exemplo da carne suína, da qual 70% é consumida na forma de produtos derivados. Pelas nossas pesquisas, os consumidores entendem que seria interessante ter maior variabilidade de cortes ovinos e produtos derivados”, finaliza Juliana Cunha.

Seleção de empresas
No primeiro semestre de 2018, a Embrapa deve lançar edital público com o objetivo de transferir, para empresas do segmento de carnes, o know how sobre os processos agroindustriais para produção dos derivados de ovinos elaborados pelo projeto Aprovinos. “O desafio está em identificar empresas e organizações que vislumbrem as oportunidades de novos produtos para gerar novos negócios. Além disso, esses parceiros ajudarão a combater a informalidade no abate e na comercialização de carne ovina no País; a colaborar com a organização da cadeia produtiva da ovinocultura; e a oferecer outro leque de produtos com qualidade e segurança alimentar aos consumidores”, revela a chefe de Transferência de Tecnologia da Embrapa Pecuária Sul, Estefanía Damboriarena.

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