Editorial
Mais que jornal, sala de aula
Há algum tempo o Jornal MINUANO desenvolve um caráter, diga-se, diferenciado ao da maioria dos veículos de comunicação, sejam impressos, radiofônicos ou televisivos. Dentro da redação, além de profissionais graduados na área de Comunicação Social, e suas derivações, este periódico mantém um convívio diário com o futuro.
Falar em futuro quer dizer que, por aqui, os sucessores do jornalismo local, ou de qualquer outro âmbito, por assim dizer, trilham os primeiros passos de suas carreiras. Acadêmicos do curso de Jornalismo da Universidade da Região da Campanha têm, no MINUANO, além das teorias assimiladas em sala de aula, uma oportunidade de colocar em prática seus conhecimentos.
Esta característica peculiar tem uma justificativa simples. Este jornal, muito mais que um veículo de comunicação, é um laboratório. Ou seja, assume um compromisso que vai muito além da informação levada aos leitores, mas integra uma rede de formação de mentes que, ao longo dos próximos anos, serão os responsáveis por atuar numa área tão importante para qualquer sociedade.
Exemplo desta interação, aliás, pode ser vista na manchete de capa do MINUANO de hoje.
Uma reportagem ampla, fruto de uma apuração desenvolvida por dois jovens talentos - Dhésika Vidikin e Fábio Quadros - que souberam identificar uma característica que compõe o ventre da Rainha da Fronteira. Ambos acadêmicos do sétimo semestre, foram os responsáveis por retratar a difícil vida de legítimos refugiados de guerra que encontraram, em Bagé, um recomeço. Os estudantes, porém, foram além, expuseram detalhes da rotina de pessoas que ao mesmo tempo em que encaram um desafio nada fácil, buscam forças e, claro, coragem para não desanimar aos naturais empecilhos que uma mudança drástica pode acarretar. Neste momento, como deixa claro a publicação, fé e esperança se misturam em um sentimento que almeja nada mais que a paz.