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Campo e Negócios

Focada na pecuária, unidade bajeense da Embrapa comemora 43 anos

Publicada em 14/06/2018

A Embrapa Pecuária Sul está completando 43 anos de atividades. Nessas mais de quatro décadas, o Centro de Pesquisa tem buscado acompanhar de perto as necessidades do setor produtivo, com o objetivo de atender as demandas dos diferentes setores envolvidos com a pecuária. "A Embrapa acompanhou as mudanças ocorridas na região, adaptando as linhas de pesquisas, o quadro de funcionários e sua infraestrutura para atender as necessidades das cadeias produtivas da bovinocultura de corte, bovinocultura de leite e ovinocultura", ressalta Alexandre Varella, pesquisador e chefe-geral da unidade.
Fundada no município de Bagé, em 13 de junho de 1975, a unidade de pesquisa da Embrapa se destaca por contribuir para a consolidação da pecuária nos campos sul-brasileiros, bem como para o aumento da produtividade, qualidade e competividade do setor pecuário.
Com uma ampla área de campos experimentais e 121 funcionários, sendo 33 pesquisadores, 20 analistas e 68 assistentes e técnicos, a Embrapa Pecuária Sul atua em diferentes áreas de pesquisa e desenvolvimento em bovinocultura de corte, bovinocultura de leite e ovinocultura. Inúmeras foram as contribuições do centro de pesquisa de Bagé para a pecuária do Brasil. Entre elas, destacam-se diversas tecnologias, serviços e recomendações para o produtor rural.
Entre as contribuições mais recentes destacadas por Varella está, na área de melhoramento genético de forrageiras, o lançamento de cultivares mais adaptadas à região Sul. Recentemente foram lançadas a cultivar Entrevero de trevo-branco, a Posteiro de cornichão, e a Piquete de trevo-vesiculoso, bem como a BRS Estribo de capim-sudão, que hoje já conta com mais de 300 mil hectares de área plantada.
Na área de qualidade e ciência da carne, merecem destaque os novos produtos desenvolvidos com carne ovina de animais de descarte e que visam ao aproveitamento integral de carcaça (como presunto cru, hambúrgueres, patês e copa ovinas), e novos cortes de cordeiro. Em breve, tais produtos inéditos deverão estar à disposição dos consumidores, após o lançamento de um edital previsto para licenciar empresas que farão a confecção destes produtos de carne ovina processada.
Outros trabalhos importantes e que foram desenvolvidos na área de fronteira do conhecimento se referem à utilização da genômica para seleção de animais mais resistentes ao carrapato bovino nas raças Hereford e Braford (e também em andamento para a raça Angus), tendo sido lançado, um catálogo de touros que apresentam resistência genética a este parasito.
Varella também destaca outras tecnologias que visam a uma pecuária mais competitiva e sustentável, como trabalhos de integração lavoura-pecuária-floresta (Ilpf), o desenvolvimento territorial em apoio à pecuária familiar e o esforço institucional para agregar valor aos produtos diferenciados de origem animal produzidos nos campos sul-brasileiros.
Também na área de pesquisa-desenvolvimento, se destaca o projeto Rede Leite, realizado no Noroeste do Rio Grande do Sul, junto a produtores de leite, e o arranjo produtivo local de ovinocultores no Alto Camaquã, que tem elevado a produtividade e a qualidade de vida de agricultores familiares.
"Não podemos deixar de frisar os resultados obtidos com a Rede de Pesquisa Pecuária Sustentável (Pecus), que vem informando sobre a emissão de gases de efeito estufa e sequestro de carbono na pecuária de corte do Rio Grande do Sul, pois são dados que desmistificam a imagem negativa da pecuária brasileira como um grande emissor de gases. Isso é de extrema importância para diferenciação e valorização da carne produzida em nossa região, pois as medições provam justamente o contrário", afirma Varella.
Outras contribuições importantes foram apontadas pelo chefe-geral da Embrapa Pecuária Sul, como, por exemplo, as mutações genéticas Booroola e Vacaria para aumento de prolificidade em ovinos das raças Texel, Corriedale e Ile de France; o aplicador seletivo de herbicidas Campo Limpo, que atua no controle de invasoras do campo nativo, o Método Integrado de Recuperação de Pastagens Degradadas (Mirapasto); o Programa Boas Práticas Agropecuárias em Bovinocultura de Corte, desenvolvido em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar); e as Provas de Avaliação a Campo de Reprodutores (PAC), realizadas junto às associações de raça de bovinos de corte e o Observatório da Pecuária de Corte, parceria com o Nespro da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, que busca analisar informações da cadeia e projetar cenários para a pecuária de corte do Estado.
São muitos os trabalhos desenvolvidos pela pesquisa e a transferência de tecnologia da Embrapa Pecuária Sul. Porém, Varella ressalta que ainda há muitos desafios pela frente. "Permanecemos com o desafio de solucionar o problema da tristeza parasitária bovina e o provável movimento da cadeia na busca de uma intensificação sustentável da pecuária. Temos que atentar que a intensificação deve estar atrelada às premissas da sustentabilidade, em que se deve buscar uma produção equilibrada e eficiente, que nem sempre são compatíveis com máximos desempenhos e produtividade", frisa Varella.
Outro aspecto mencionado que tem exigido atenção da pesquisa é como a pecuária dos campos sul-brasileiros está lidando com a diversificação da produção. "Buscamos antever os cenários e desafios, pois apesar de ainda ser fortemente baseada no campo nativo, que é um diferencial da nossa produção pecuária, vemos nossa região diversificando a matriz produtiva, com a fruticultura, vitivinicultura, oliveiras e lavouras de soja. E a pecuária tem que entrar nesse contexto de forma integrada e eficiente, e este é um importante desafio. As demandas são grandes, mas contamos com uma equipe diversificada em conhecimento, muito capacitada e dedicada, para encontrarmos as melhores soluções aos produtores e mantermos uma pecuária competitiva, duradoura e que respeite e preserve os recursos naturais disponíveis", finaliza Varella.

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