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Segurança

Operação policial prende casal acusado de comercialização de entorpecentes

Publicada em 16/06/2018
Operação policial prende casal acusado de comercialização de entorpecentes | Segurança | Jornal Minuano | O jornal que Bagé gosta de ler

Na tarde de quinta-feira, uma nova operação policial realizada pela Delegacia Especializada em Furtos, Roubos, Entorpecentes e Capturas (Defrec) e o Setor de Inteligência e Pelotão de Operações Especiais da Brigada Militar desarticulou uma grande remessa de drogas e de dinheiro oriundos do tráfico de drogas em Bagé.

Esta, segundo o titular da Delegacia Especializada em Furtos, Roubos, Entorpecentes e Capturas (Defrec), delegado Cristiano Ritta foi a maior apreensão de dinheiro do tráfico de drogas da história da cidade de Bagé, sendo apreendido mais de R$ 88 mil. “Além da grande quantidade de dinheiro, também foi realizada a maior apreensão de drogas do ano e a maior de cocaína, sendo mais de três quilos”, explicou o delegado.

Ritta destacou que a investigação começou em janeiro de 2018, quando o acusado, Marcelo da Rosa Oliveira, 38 anos, foi preso na cidade de Pelotas, em posse de um veículo roubado, que trafegava placas clonadas. “Já havíamos indiciado Marcelo no ano de 2015, também por tráfico de drogas. Ele já tinha envolvimento com a comercialização de entorpecentes e já havíamos identificados vários pontos que eram abastecidos por ele e também pela atual namorada que já tinha antecedentes criminais e, anteriormente, ela namorava um outro apenado, envolvido no mesmo crime”, ressaltou.

A partir dessa prisão, os policiais passaram a investigar uma extensa rede de distribuição de drogas da cidade de Pelotas para Bagé e região. Na oportunidade, segundo relatado, o acusado havia ido até Pelotas para buscar uma grande carga de entorpecentes, que seriam trazidos para abastecer dezenas de pontos de venda de droga na cidade.

Durante as investigações, a polícia conseguiu identificar o local onde a droga era depositada. “Por ele já ser conhecido, e sua casa também, ele não deixava mais os entorpecentes no mesmo local, então chegamos até a casa da namorada dele”, explicou.

Com base nas informações o Poder Judiciário autorizou a busca e apreensão nas duas residências, sendo então encontrado, na casa de Rosi Meri Plate Silva, 24 anos, 3,850 quilos de cocaína, 974 gramas de crack e 9,100 quilos de maconha e R$ 88,2 mil em espécie. “O objetivo é sempre descapitalizar o tráfico. Geralmente não encontramos tanto dinheiro em espécie no local, pois já compraram a droga, mas dessa vez conseguimos essa grande quantia, fora que o prejuízo deles com a droga que foi apreendida chegaria a mais de R$ 500 mil”, explicou.

Oliveira estava chegando no local quando foi preso em flagrante pelos policiais do Pelotão de Operações Especiais (POE) da Brigada Militar. Os agentes ainda apreenderam um veículo roubado que estava sendo utilizado pelo casal, com placas clonadas, além de dezenas de munições – incluindo munições de calibre restrito das forças policiais (9mm e de fuzil 7mm).

Ritta ressaltou que a investigação qualificada permitiu uma ação pontual, no melhor momento para apreensão do grande volume de droga e de dinheiro. Ele destacou, ainda, que, somente com a descapitalização das organizações criminosas, é possível um combate efetivo ao crime.

Ações

Esta foi a quinta operação, neste ano, de combate ao tráfico de drogas. Ritta destaca que o que é mais importante é o trabalho de inteligência e investigação prévia. “Temos o objetivo de descapitalizar, tirar o poder econômico das organizações criminosas e tentar desarticular os líderes. O grande problema que estamos enfrentando é que os presos são levados para outras casas prisionais e lá fazem articulações com outros detentos e fazem crescer a organização e o leque de mercado consumidor”, relatou o delegado.

Os roubos também fazem parte do crime de tráfico de drogas, informou o delegado. “Neste ano, tivemos dois assaltos a joalherias, na região, e outras tentativas de roubo e a grande maioria tinha envolvimento com a comercialização de entorpecentes”, complementou. “Conseguimos recuperar veículos roubados que eles vendem por R$ 1,5 mil, em que os verdadeiros consumidores adquiriram por muito mais valor, é o lado prejudicial da economia, pois esse dinheiro sai dos usuários e vai para o tráfico e financia armamentos e mais consumo de drogas”, complementou.

Além dos crimes de roubos, homicídios e furtos têm ligações com o tráfico. “Na verdade, o tráfico é a mola propulsora, alimenta outros crimes. Os assassinatos são a demonstração de poder dos líderes, com muita crueldade em diversas vezes para assustar e impor respeito”, acrescentou Ritta.

Outro problema apontado pelo titular da Defrec é a legislação, as ações do poder judiciários e o sistema prisional. “A sensação de impunidade é muito grande, umas leis defasadas, além de mal aplicadas, demora de conclusões em processos e um sistema prisional falho, onde os líderes trabalham do interior dos presídios”, exemplifica.

Organizações

Ritta destaca que, em Bagé, não há grandes organizações criminosas e a maioria dos líderes de facções estão presos e trabalham em conjunto. “Sabemos que os apenados se organizam no Presídio Regional de Bagé devido ao líder que trabalham. Têm duas galerias e que são um pouco divididas, mas não são tão perigosas e também não têm grandes conflitos. Na região metropolitana, tem facções perigosas, aqui temos umas três organizações que trabalham em locais diferentes. Então, não há conflitos e estamos conseguindo prender vários integrantes, o que é difícil, pois quando entram no sistema prisional eles captam mais membros para trabalhar no tráfico”, exemplificou o delegado.

A droga mais consumida na região, de acordo com Ritta, é a maconha. “Sempre apreendemos mais maconha, o mercado consumidor é mais amplo, rede de usuários tem vários nichos sociais. Depois há os usuários de crack, um público mais dependente e expressivo, pois tem alto poder de corrosão da família e depois a cocaína por ser mais cara e atingir faixas mais altas”, complementou.

O delegado também compara o tráfico local com o da Colômbia, mas não como o do Uruguai. “Sempre ouvimos sobre a legalização da maconha, que poderia resolver um pouco dos problemas, mas aqui é mercado totalmente consumidor e há grandes facções criminosas como na Colômbia, o que não existe no Uruguai. Então conseguiram resolver um pouco as questões do tráfico”, completou.

Quando questionado sobre o número de prisões de mulheres, Ritta enfatiza que o aumento é porque elas são utilizadas pelos companheiros como massa de manobra. “Geralmente são presos e elas continuam fazendo o trabalho deles na frente dos pontos de comercialização, pois elas estão livres e também, agora, com a nova determinação do Supremo Tribunal Federal, em que mulheres com filhos menores de 12 anos podem responder em regime aberto/domiciliar, elas continuam fazendo a comercialização”, salientou.

Cursos

Os policiais da Defrec estão sempre em aperfeiçoamento, segundo explicou o delegado. “Neste ano, eles participaram de um sobre operações de fronteira, mas o interessante é que temos orientado colegas das especializadas. Na semana passada, os servidores de Pelotas vieram fazer um curso sobre inteligência e análise criminal, também já vieram de Erechim e Santiago”, declarou.

Parceria

Outro ponto destacado, pelo delegado Cristiano Ritta, foi a parceria entre a Polícia Civil e a Brigada Militar. “Aqui, temos uma relação especial. O combate se faz com inteligência, essa sinergia tem resultados e expressivas apreensões. A troca de informações fez com que no ano de 2017 fôssemos a segunda delegacia especializada do interior do Estado que mais prendeu”, enfatizou.

Denúncias

Denúncias anônimas podem ser realizadas por meio do WhatsApp da Defrec (53) 99930 5873 ou da Brigada Militar (53) 99704 0632.

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