Dentro deste contexto, seja no local que for, o anúncio de instalação de uma nova empresa, por óbvio, ganha a atenção, em especial, de quem segue tentando alcançar "um lugar ao sol". No caso específico de Bagé, uma política que vem ganhando espaço é o estímulo à instalação de novas empresas e indústrias. É um processo, às vezes, longo e marcado pela burocracia, mas que precisa ser encampado. Até porque, na maioria das ocasiões, o interesse e a própria articulação dos órgãos públicos é que definirão o sucesso ou o fracasso de cada empreitada.
Por outro lado, há momentos em que políticas de âmbito nacional definem o rumo de alguns investimentos. É o caso, por exemplo, da instalação da empresa paulista Incomisa, que atuará na construção de uma linha de transmissão entre Bagé e Candiota. A empreitada, orçada em quase R$ 35 milhões, enquanto em operação, deve absorver algo em torno de 350 empregados. Trata-se, portanto, de uma notícia para lá de atrativa aos que disputarão as vagas. E isso, vale ressaltar, mesmo consistindo em um trabalho que perdurará por poucos anos.
A nova estrutura, que faz parte do planejamento do Ministério de Minas e Energia, como detalhada em publicação na edição de hoje, é considerada estratégica para a região. A obra pretende evitar cortes de carga por subtensão, especialmente nos períodos entre novembro e março, e em situações de despacho reduzido nas centrais eólicas da Eletrosul, integradas à subestação de Cerro Chato, em Santana do Livramento. Mas, muito além disto, será uma nova oportunidade de estimular a economia local, seja pela viabilização de empregos, e, ainda, por motivar um incremento importante na arrecadação de tributos por parte dos municípios. Neste caso, é válida a atuação da gestão local em buscar, de forma articulada, estimular a instalação do canteiro de obras junto à Rainha da Fronteira.