Cidade
Sensibilização para implantação do Observatório Social em Bagé é pauta de evento
A presidente do Observatório Social de Erechim e conselheira fiscal do Observatório Social do Brasil, Belonice Fátima Sotoriva, esteve, em Bagé, na segunda-feira, explicando o que é o observatório social e quais os procedimentos para formalizá-lo. A ação foi uma iniciativa da Universidade da Região da Campanha (Urcamp) e do Conselho Regional de Contabilidade, com apoio da Associação Comercial e Industrial de Bagé. A palestra aconteceu no Teatrinho da Urcamp, reunindo cerca de 100 participantes, entre representantes de várias entidades, universidades, empresários e acadêmicos de diversos cursos da instituição de Ensino Superior.
Belonice iniciou evidenciando que o Observatório Social fomenta o exercício da cidadania, é democrático e apartidário, e tem o objetivo de contribuir com a gestão pública, unindo frentes de trabalho, estimulando a eficiência e a qualidade na aplicação dos recursos públicos. Ela explicou, ainda, que o Observatório Social atua como pessoa jurídica, primando pelo trabalho técnico, fazendo uso de uma metodologia de monitoramento das compras públicas em nível municipal, de modo a agir, preventivamente no controle social dos gastos públicos, entre outras frentes de trabalho. O Observatório tem sede em Curitiba e está presente em 130 cidades e 19 Estados. Ele é responsável por disseminar a metodologia padronizada para o todo o Brasil, promovendo capacitação e suporte técnico para a rede de observatórios. "Nos últimos quatro anos, contribuímos com a redução de 2 bilhões nos cofres públicos", ressaltou ao enfatizar: "Cada um de nós, como cidadãos brasileiros, temos obrigação de fazer alguma coisa para melhorar o País. Todos nós podemos contribuir para a melhoria e eficácia da gestão publica municipal".
Quem pode participar?
Empresários, profissionais liberais, professores, estudantes, funcionários públicos, donas de casa e aposentados, todos devem se mobilizar em favor da sua cidade. De acordo com a palestrante, o Observatório Social é mantido com recursos da própria comunidade. "Não recebemos recursos públicos, justamente para ter a independência, os participantes não podem ser filiados a nenhum partido", disse.
O Observatório deve reunir o maior número de entidades que representem a sociedade civil, como associações comerciais, OAB, conselhos profissionais, rotarys, lions clubes, maçonarias e demais organizações não governamentais, com o propósito de contribuir com a melhoria da gestão pública. A palestrante sugeriu que a sociedade se organize para montar o Observatório e aconselhou montar um comitê para visitar as entidades existentes e fazer o convite. "Com 10 pessoas já é possível formar essa rede. É preciso ficar claro que não tem nada de ilegal, não queremos ter atritos, nem inimizades, não há pessoalidade, isso tudo é para garantir a eficiência dos nossos recursos", concluiu.