Editorial
Duplicação liberada
O acesso à capital gaúcha, Porto Alegre, para quem mora no Sul do Estado estará mais acessível. Isso porque o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) entregou a obra e liberou a circulação de veículos, ontem, de mais um trecho da BR-116 localizado próximo ao viaduto do entroncamento com a avenida Fernando Osório (KM 517,64), em Pelotas.
Na prática, mesmo se tratando de apenas mais um segmento dentro de uma obra considerável, a duplicação passa a tornar o trânsito, pela via, mais ágil. O que, naturalmente, torna a viagem para quem optar por tal rota mais rápida – vale mencionar que para quem habita cidades como Candiota e Pinheiro Machado, na Campanha gaúcha, tal rodovia, muitas vezes, foi a preferida ante à BR-153 e à BR-290.
Iniciada no fim de 2012, como lembra o Dnit, a obra de duplicação do contorno de Pelotas está 88% concluída. Dos 23,69 quilômetros do empreendimento, aproximadamente 14 já foram liberados ao tráfego de veículos. A notícia do órgão, como não poderia ser diferente, merece comemoração, ainda mais em um momento onde o aperfeiçoamento da malha rodoviária – e até mesmo de outras alternativas – é cobrado, justamente, pela população que arca com pesados impostos – em especial com combustíveis e taxas relativas à condução de veículos automotores.
Neste momento, aliás, vale uma reflexão. O que é possível projetar para o futuro? A duplicação de rodovias com grande circulação é a solução para a demanda crescente? Ou é necessário se buscar outros caminhos, mesmo que paralelamente, para se evitar congestionamentos e a própria dependência de tais vias? O fato é que a cada dia que passa as respostas a tais perguntas se tornarão mais urgentes, ao mesmo tempo em que o custo de qualquer empreendimento também aumentará. Definir os rumos da mobilidade é estabelecer as rotas do desenvolvimento de cada região. Aos que aqui vivem, isto deve, também, ser tratado como prioridade. Caso contrário, o desenvolvimento dificilmente passará por perto.