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Doutoranda realiza pesquisa sobre a relação do carvão mineral na saúde da população
Publicada em 24/07/2018
A doutoranda em Biologia Celular e Molecular Aplicada à Saúde, pela Universidade Luterana do Brasil (Ulbra), Melissa Rosa de Souza, está desenvolvendo uma pesquisa em Bagé, Candiota, Aceguá e Hulha Negra com o tema "Saúde ambiental: Avaliação do ambiente e de populações humanas em regiões sob influência de usina termelétrica à base de carvão”.
A pesquisa está sendo orientada pela professora Juliana da Silva e busca avaliar a saúde de diferentes populações que vivem próximas e no entorno de região de exploração e queima do carvão e a influência dos hábitos e dieta.
De acordo com a pesquisadora, que esteve na região no início deste mês, estão sendo utilizadas para este estudo amostras de sangue e urina, mucosa oral e a aplicação de um questionário. Ela salienta que, em Bagé, já foram coletadas cerca de 80 amostras de material biológico a partir de um contato realizado com a Secretaria Municipal de Educação e Formação Profissional em escolas que oferecem a Educação para Jovens e Adultos (Eja). “A coleta é realizada por profissional habilitado, fazendo uso de material estéril e descartável”, explica.
Melissa ressalta que para cada indivíduo pesquisado é aplicado um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e as coletas são apenas em pessoas com pelo menos 18 anos e que não exerçam atividades relacionadas à exposição a agentes tóxicos. “Este projeto teve aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos da universidade e a ideia é obter um total de 400 indivíduos nesses municípios”, diz.
Segundo a doutoranda, a utilização de diferentes metodologias e relação entre os resultados obtidos nestes estudos, bem como a relação com diferentes fatores ambientais e individuais, podem aumentar o entendimento da interação deste mineral com a saúde dos moradores das regiões sobre influência de emissão de particulados. “Esta pesquisa tem relevância social e científica que reflete em melhorias da saúde pública” ressalta.
A pesquisadora informa que os resultados levam em torno de três anos para serem concluídos e serão amplamente divulgados pela tese e periódicos científicos. Ela também enfatiza que a identidade dos participantes será preservada, com o sigilo das respostas garantido. “A participação nesta pesquisa é voluntária e anônima, e cada um receberá o resultado das suas avaliações individuais”, destaca.
A pesquisadora desenvolve o trabalho jundo à equipe do Laboratório de Genética Toxicológica da Ulbra e convida os moradores dessas comunidades a participarem. Ela havia desenvolvido a dissertação de mestrado com foco direto nos mineiros que trabalham diretamente com o mineral.
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