Editorial
Frequência que assusta
Não é nenhuma novidade se deparar, ao longo de um dia, com uma notícia de algum assalto, ou mesmo um furto, mesmo que seja de menor proporção. Contudo, o somatório de casos que vêm sendo registrados, recentemente, vem extrapolando os índices normais.
Ao longo de julho, as páginas do MINUANO já retrataram uma sequência de casos que, mesmo podendo não ser considerados graves em sua maioria, apontam para uma crescente criminalidade.
A edição de hoje, por exemplo, apresenta alguns fatos que são, no mínimo, curiosos. Um deles apresenta o caso de um motorista que foi assaltado quando aguardava por socorro na BR-293. Este episódio se mostra como uma clara demonstração de que não há receio ou mesmo temor de criminosos em praticar um assalto. O caso, por óbvio, não foi premeditado – foi um fato de momento, de oportunidade para quem utiliza tais mecanismos para obter lucro, seja de que maneira for.
Outra publicação revela que, numa mesma madrugada, quatro imóveis, de diferentes segmentos, foram alvos de ato similar: o famoso arrombamento seguido de furto. Se o caso envolve ataques protagonizados por criminosos distintos, não se pode afirmar na atual conjuntura, somente pode-se prever que o cenário está favorável para este tipo de delito.
Neste cenário é fundamental, sim, rever algumas práticas de prevenção à criminalidade. Há de se convir que os dados atuais, ao menos em alguns setores, estão carecendo de atenção. Ou por parte dos órgãos de segurança ou, ainda, por parte da legislação atual que, balizada pela fragilidade do sistema carcerário, faz com que muitos criminosos voltem às ruas, às vezes, um dia após cometerem um delito. É preciso resposta, seja de quem for, porque a frequência do crime assusta.