Cidade
Decretos de emergência de Candiota e Bagé vão expirar
Publicada em 08/08/2018
A estiagem que assolou os municípios da região no início do ano causou milhões de prejuízos para os produtores. Em Bagé, produtores registraram perdas superiores a R$ 51 milhões. O decreto da situação de emergência, assinado pelo prefeito Divaldo Lara, no dia 1º de fevereiro, foi homologado no dia 26 de março, junto com o de Candiota. As medidas devem expirar no final de agosto, quando os municípios já vivem uma situação bem diferente.
Na época em que os documentos foram formalizados, destacando a situação de estiagem, a Defesa Civil dos municípios elaborou um laudo em parceria com a Emater, Instituto Riograndense do Arroz (Irga), Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária e Irrigação (Seapi) e Sindicato dos Trabalhadores Rurais, solicitando apoio às famílias mais afetadas com a falta de água.
De acordo com o coordenador da Defesa Civil de Bagé, tenente Ronaldo Rosa, o órgão recebeu, em abril, três mil cestas básicas para distribuir no interior e na periferia para famílias cadastradas no Número de Inscrição Social (NIS), que se encontravam em vulnerabilidade social.
O setor agropecuário foi o que mais sofreu com a falta de chuvas, o que causou a diminuição na produtividade das colheitas e emagrecimento do gado. Conforme o tenente, os principais prejuízos identificados nas culturas de soja, milho, sorgo, bacia leiteira e no setor oleícola somente deverão ser recuperados na próxima safra. Na atualidade, porém, a situação já é bem distinta. “Bagé estava em racionamento e agora já recuperou as barragens", reconhece Rosa.
Em Candiota, os prejuízos ultrapassaram R$ 12 milhões e o município, segundo o secretário de Agropecuária, Antônio Ademir Azevedo, só recebeu R$ 16 mil para auxílio no óleo diesel do caminhão pipa.
Aceguá
A situação de emergência de Aceguá foi reconhecida pela União na segunda quinzena de março. A Defesa Civil do município trabalhou para amenizar a situação de 3,3 mil pessoas que vivem no interior e enfrentaram dificuldades para obter água potável.
De acordo com o coordenador municipal da Defesa Civil, Jonathan Quadrado Requeiro, o município recebeu cestas básicas que foram distribuídas para os produtores. Também foi disponibilizada água potável para todo o interior do município. Havia a expectativa da contratação de maquinário para limpeza dos açudes e também a abertura de poços artesianos, mas isso não se concretizou.
Hulha Negra
A pior situação é a de Hulha Negra. A falta de água ainda preocupa o Executivo, que necessita de caminhões pipa para abastecer alguns bairros da cidade e mais de 80 famílias no interior. De acordo com o secretário municipal de Agropecuária e Meio Ambiente, Luís Fernando de Lima, o decreto de emergência do município expirou no dia 30 de julho e a prefeitura recebeu cerca de R$ 22 mil para custear o abastecimento dos caminhões pipa. “É tanta burocracia que não conseguimos utilizar a verba”, disse. Segundo Lima, o abastecimento no interior é realizado na Serra da Hulha Negra, semanalmente, e também no bairro Floresta e na caixa d’água da igreja, três vezes ao dia.
Galeria de Imagens
Leia também em Cidade
Cidade
Aapecan inicia construção da Casa de Apoio de Bagé Há 2 horas Cidade
Caminho da Luz renova convênio com município de Candiota Há 2 horas Cidade
Prefeitura de Bagé lança editais para conclusão e início de cinco obras Há 2 horas Cidade
Memórias & Afetos - Diário da vida com beijos de batom Há 9 horas