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Prefeitura de Bagé e Apae assinam convênio para manutenção de projetos
O governo municipal e a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Bagé (Apae) formalizaram, na sexta-feira, o convênio para dar suporte ao projeto de estimulação precoce e ao trabalho de comunicação alternativa realizado pela entidade. A assinatura aconteceu na sede da Apae. O Executivo, através da Secretaria Municipal de Saúde e Atenção à Pessoa com Deficiência, deve repassar o correspondente a R$ 92,2 mil, pagos em parcelas mensais de cerca de R$ 10 mil, de acordo com o cronograma do projeto.
Conforme a gerente da Apae em Bagé, Fernanda Oliveira, os recursos serão utilizados para auxiliar a manutenção das iniciativas, que juntas beneficiam 110 assistidos pela entidade. A gerente comenta que a Apae atende 420 pessoas de Bagé e região. Atualmente, a associação tem um deficit mensal de R$ 20 mil, pois a receita da entidade, através de convênio com o Sistema Único de Saúde (SUS) e contribuições da comunidade, não cobre os custos para a folha de pagamento e manutenção de todos os serviços.
Em Bagé, o projeto de estimulação precoce da Apae conta com uma sala específica e equipe formada por duas fisioterapeutas, duas psicólogas e uma fonoaudióloga. O trabalho atende 76 crianças, de zero a três anos de idade. O serviço visa acompanhar a criança e seus pais, seguindo regularmente o seu desenvolvimento psicológico, afetivo e social. “Alguns já vêm direto da UTI pediátrica e começam a ser atendidos antes mesmo de ter um diagnóstico”, explica.
Já o trabalho de comunicação afetiva atende 34 assistidos que apresentam problemas comunicacionais devido à deficiência. De acordo com a psicóloga da Apae, Rosane Rodrigues, a metodologia do serviço busca oferecer tratamento e materiais adaptados para otimizar a comunicação. Rosane explica que os recursos provenientes da prefeitura devem ser aplicados na capacitação dos profissionais e material.
Para o prefeito Divaldo Lara, do PTB, o apoio vem de encontro a iniciativa do governo em dedicar cuidado especial a pessoas com deficiência. "Este projeto é apenas um passo, diante da nossa preocupação com a inclusão e acessibilidade. A Apae é uma instituição que há anos luta pela manutenção de seus serviços e nós não poderíamos virar as costas para este importante trabalho que é realizado", ressalta.