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CRE busca alternativas para reduzir arrombamentos nas escolas
Uma reunião realizada, ontem, na 13ª Coordenadoria Regional de Educação (13ª CRE), com a Brigada Militar, buscou alternativas para diminuir os furtos e arrombamentos contra as escolas de responsabilidade do Estado. A Escola Estadual de Ensino Médio Luiz Maria Ferraz (Ciep), localizada no bairro São Judas, é um dos focos, visto que tem sido alvo constante de criminosos.
Entre as alternativas apontadas pelo coordenador regional de Educação, José Carlos Nobre, está a criação de um grupo de conversas no aplicativo WhatsApp, com os policiais militares, para haver um canal onde a direção da escola possa passar informações. Nobre salienta que já foram encaminhados os documentos para que o Ciep seja, ainda, incluído no programa Escola Aberta para a Cidadania, pelo qual a comunidade se apropria da instituição e ajuda no combate a violência.
Conforme o Nobre, o modelo é o mesmo desenvolvido pela Escola Estadual de Ensino Médio Professor Leopoldo Maieron (Caic), desde 2003, e que auxiliou a instituição a diminuir os altos índices de ocorrências policiais que eram registrados. Segundo o coordenador, os principais atos de vandalismo e furto ocorrem nos finais de semana, e, com este modelo, a escola disponibiliza o prédio e o ginásio para a comunidade participar de diversas atividades, como futebol, vôlei, dança, capoeira, handebol e xadrez. Ele conta que também solicitou, ao comandante do 1º Esquadrão de Bagé, capitão Daniel Oliveira da Silva, um policiamento mais ostensivo na área.
O capitão pediu à 13ª CRE que a Brigada Militar seja informada das reuniões da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes e Violência na Escola (Cipave) e também sugeriu que sejam realizadas visitas nas instituições. As frequentes investidas dos bandidos no Ciep fez com que a comunidade escolar realizasse uma manifestação. Na última ocorrência, os ladrões levaram ar condicionado, aparelho de internet (roteador Wi-fi), janelas de alumínio, materiais de professores, toda a fiação e lâmpadas da sala dos alunos, além de entortarem armários. Desde o final do ano passado, já foram registrados mais de 10 boletins de ocorrência relatando ataques. Na instituição, há cerca 850 alunos e as aulas ocorrem em três períodos: manhã, tarde e noite.
Além do Ciep, as escolas estaduais Félix Contreiras Rodrigues, Luiz Mércio Teixeira e Farroupilha também estão sendo alvo de vandalismo, de forma frequente.