Cidade
Vigilância mantém controle de possíveis focos do Aedes aegypti
por Júlia Salazart
Acadêmica de Jornalismo da Urcamp
Especialistas alertaram, na semana passada, para um possível surto de zika e chikungunya no verão. A estação mais quente quente do ano é favorável à proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor dos vírus. Mesmo com a redução de casos este ano no País, as doenças transmitidas pelo mosquito podem voltar a ter força neste final de ano.
De acordo com o coordenador da Vigilância Sanitária de Bagé, Marcelo Inchauspe Fernandes, o trabalho de controle não para, é contínuo e necessário. "Agora, terminou o racionamento e é uma dor de cabeça a menos. O pessoal acumula água de forma inadequada em locais que não são tampados, tem caixas que já estão desativadas, mas continuam viradas para cima, chove e enche de água potes com água e vasos de flor. Sempre tem lugar que a gente pega", reconhece.
Há moradores que, conforme Fernandes, dificultam o trabalho dos agentes, não permitindo que entrem nos pátios para fazer a prevenção e o combate dos focos de mosquitos transmissores dos vírus zika e chikungunya. "Tem gente que não deixa os agentes de endemias entrarem. Isso aí é um erro, cabível de multa", afirma ele.
O coordenador comenta que, apesar de ter muita gente que colabora, há outros que não acreditam nos perigos que possam estar correndo. "Tem gente muito boa, tem gente que faz a sua parte e ainda denuncia os vizinhos. Acontece que a população bajeense, às vezes, não acata as nossas orientações, pensa que é bobagem, que não tem a doença", lamenta.
Em 2018, segundo o boletim epidemiológico da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, já foram confirmados, laboratorialmente, 13 óbitos por chikungunya e outros 44 ainda podem ser confirmados. Pelo zika, há 5.941 mil casos prováveis de doenças causadas pelo vírus no País. A região Sul aparece com 33 casos.