Editorial
Alento do céu
A sexta-feira de tempo fechado, bem típico do inverno da Campanha gaúcha, apesar do cenário que, para muitos, pudesse parecer desalentador, trouxe um resultado há muito almejado para comunidade bajeense. Em especial para quem enfrentou, na maior parte do ano, um sistema cujo o abastecimento de água foi assinalado pelo rodízio na distribuição. Ou seja, com fornecimento de água apenas 12 horas por dia.
Mas por que a sexta-feira foi importante? É simples. A forte precipitação pluviométrica que atingiu a Rainha da Fronteira desde as primeiras horas do dia, em especial na madrugada, contribuiu para que os reservatórios da cidade apresentassem uma cena que não era vista, conforme levantamento do Departamento de Água, Arroios e Esgoto, desde novembro do ano passado.
Sim, a chuva não apenas manteve o volume das barragens Emergencial e Piraí em seu estágio mais elevado, como oportunizou que a Sanga Rasa, que ainda registrava deficit, num momento até incomum, vertesse pelo excesso de água.
Agora, de maneira estatística, é possível afirmar que Bagé superou, de vez, mais uma seca. Não foi a estiagem mais grave já visualizada, mas exigiu atenção dos órgãos de monitoramento, assim como da própria população, que precisou se adequar a realidade do rodízio de abastecimento neste ano.
Neste momento, há motivos para se comemorar, sim. Mas também para, mais uma vez, refletir quanto à importância do consumo consciente de um bem tão necessário para a vida. Ao mesmo tempo, ganha-se mais tempo para que soluções mais definitivas sejam viabilizadas. Como pode se verificar, nesta edição, houve mais de um empreendimento já gestionado – além da Arvorezinha, hoje debatida; tratou-se da barragem do Quebracho. Nenhuma foi concretizada, até então. Se fossem, ao menos uma, por óbvio, a preocupação, a cada seca, seria menor.
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