Editorial
Números da qualidade
Publicada em 30/08/2018
Se há um tema, nos últimos dias, que tem pautado, com certa ênfase, as manchetes dos principais veículos de comunicação do Rio Grande do Sul é a Expointer. E por um motivo até óbvio. Trata-se do principal evento do setor primário gaúcho. É nele que o melhor da produção é exposto, assim como novidades são anunciadas, a exemplo de alternativas para aperfeiçoar a produtividade.
Mas, a cada edição, há um espaço que destina visibilidade há um setor mais marcado pela manutenção de determinadas práticas para alcançar êxito. É o pavilhão da Agricultura Familiar. Nele, produtos artesanais dominam as estandes e, de fato, atraem a atenção do público que visita o parque em busca de algo a mais. Uma lembrança que seja.
Este ano, conforme levantamento anunciado ontem, a feira alcançou uma espécie de ápice. Com um pavilhão ampliado, as comercializações, segundo divulgado, simplesmente dobraram. O boletim de vendas da Secretaria do Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo (SDR) apontou que a comercialização no espaço, veja bem, cresceu 111% nos primeiros quatro dias. Isso em relação ao ano passado. Em resumo, a receita saltou de R$ 706.259,51 mil para R$ 1.495.075,40 no comparativo.
Na comparação somente entre o quarto dia de feira de 2018 e o mesmo período em 2017, o crescimento nas vendas chegou a 198%. Apenas na terça-feira foram comercializados R$ 390.299,00, frente a R$ 130.710,28 no ano passado. Além de produtos para levar para casa, a feira tem quatro cozinhas fornecendo almoços em uma área de alimentação com capacidade para 400 pessoas.
Numa análise direta, é possível afirmar que tais números representam, em grande parte, o potencial existente no sistema que produz itens tradicionais da cultura gaúcha, em parte influenciada por imigrantes provenientes de outros que aqui se estabeleceram e inseriram, no contexto local, itens que, na atualidade, já se mostram como básicos. São, em síntese, números da qualidade.